POTENCIAL ALELOPÁTICO DE MILHETO SOBRE SISTEMAS AGRÍCOLAS

Abstract

Diversas plantas daninhas causam prejuízos na produtividade das culturas anuais, como a trapoeraba (Commelina benghalensis) que desperta grande interesse, pois apresenta resistência ao glifosato e tem alta eficiência reprodutiva. Essa planta daninha pode interferir negativamente na cultura de feijão (Phaseolus vulgaris), alimento essencial no prato dos brasileiros, o qual teve seu consumo per capital aumentado nas últimas décadas. Atualmente, para a agricultura moderna, o desafio apontado é reduzir os danos ambientais, manter as características do solo e uma alta produtividade. A prática do plantio direto pode proporcionar a não ocorrência da germinação e emergência das plantas daninhas, por conta da presença de resíduos vegetais no solo. Esse controle pode se dar pela liberação de compostos alelopáticos presentes na palhada, impedindo a sobrevivência das sementes de plantas daninhas. O milheto é uma forrageira utilizada como cobertura verde em sistemas agrícolas e pode apresentar compostos alelopáticos em sua palhada, que consequentemente poderá interferir na cultura subsequente e plantas daninhas. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a germinação e crescimento inicial do feijão (Phaseolus vulgaris) e trapoeraba (Commelina benghalensis) na presença e ausência do extrato aquoso de milheto. Os experimentos foram conduzidos no laboratório de botânica do Centro Universitário de Maringá – Unicesumar, utilizando câmara de incubação B.O.D. a 25ºC e fotoperíodo de 12 horas, durante sete dias. Os tratamentos foram constituídos por diferentes concentrações do extrato aquoso de milheto (0, 25, 50, 75 e 100 %). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco repetições, sendo cada uma constituída por 25 sementes distribuídas em gerbox. Os dados indicaram que o milheto alterou positivamento a germinação e crescimento inicial do feijão, entretanto, também mostrou efeitos positivos sobre a planta daninha trapoeraba.