A cultura do cinema Salvaguardada e a inserção das setes artes culturais no contexto do novo centro marigaense

Abstract

Os cinemas de Rua em Maringá, como em qualquer outra cidade, tiveram seus momentos de glórias. Até meados da década de 80, ir ao cinema era o ato cultural mais popular entre as pessoas, cujos filmes nem eram considerados a melhor parte da programação, mas sim a interação que havia entre as pessoas, era quase um evento social. No entanto, com o advento da modernidade e das grandes conquistas tecnológicas, essa prática foi deixando de existir. Como exemplo, tem-se as instalações das salas multiplex, nos shoppings centers da cidade, dando a possiblidade as pessoas de escolher entre vários filmes e horários diferentes, assim não havendo tanto contato com outras pessoas, as salas de cinema passaram a ser apenas mais um artifício que os shoppings centers utilizam para as pessoas comprarem em suas lojas e, depois disso, ir ao cinema virou algo totalmente comercial, tudo passou a girar em torno do lucro e do consumo. Assim, tanto o espaço como o edifício contribuíram para que o ato cultural fosse deixado mais de lado e, resultante desse processo, tanto as pessoas quanto o próprio projeto urbanístico maringaense perderam muito, pois, para adentrar o recinto dos shoppings, as pessoas dispensam qualquer outra atividade externa, o que ocasiona a ausência de transeuntes nos locais públicos e, consecutivamente, estes espaços ficam livres para a marginalidade agir como bem entende, decretando, desta maneira, o fim do uso daqueles locais por outras pessoas que gostariam de aprecia-lo, principalmente no período noturno.