FATORES DE RISCO PARA USUÁRIAS DE CONTRACEPTIVOS ORAIS FUMANTES

Abstract

Devido à modernização das nações e mudanças de papéis no mercado de trabalho relacionados à mulher atual, observou-se um aumento nos índices de mulheres fumantes e na mesma proporção, houve um aumento no emprego de contraceptivos, especialmente os orais. Os mais recentes contraceptivos orais apresentam inúmeros benefícios, já que as dosagens hormonais são mínimas, diminuindo os riscos para dismenorréia, anemia, acne, gravidez ectópica, doença benigna da mama, câncer de endométrio, câncer de ovário, câncer colorretal, doença inflamatória pélvica e osteoporose. Porém, mesmo assim, observa-se um aumento do risco de tromboembolismo venoso e acidente vascular encefálico. O risco destes distúrbios aumenta durante o primeiro mês de uso dos anticoncepcionais orais e permanece constante por vários anos ou mais, voltando ao normal dentro de um mês quando se suspende o uso deste medicamento. Estudos têm mostrado que o uso de contraceptivos orais pode provocar um aumento do fator VII, fator VIII, fator IX e fator X, bem como diminuição da antitrombina III. Uma grande proporção de mulheres que usa contraceptivos orais também fuma e, associado a este fato, sabe-se que o uso do tabaco causa um aumento na produção, agregação e adesão das plaquetas e redução de prostaciclinas. Todos estes eventos somados levam à formação de coágulos sanguíneos, potencializando o risco de tromboembolismo venoso, principalmente em fumantes acima de 35 anos de idade. Este projeto tem como objetivo revisar, por meio da bibliografia, as principais complicações e/ou fatores de risco que podem ocorrer em mulheres usuárias de contraceptivos orais associados ao fato de serem fumantes.