PERFIL DAS MULHERES DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DE MAMA NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ - PR

Abstract

O câncer de mama é a doença que mais mata no mundo, sendo a neoplasia que tem acometido de forma crescente a população feminina brasileira. O conhecimento a cerca dos fatores de risco que expõem uma dada população a esta doença é relevante para o delineamento de estratégias efetivas para o diagnostico e tratamento. Dessa forma, o presente estudo objetivou delinear o perfil das mulheres portadoras de neoplasias mamárias bem como identificar os possíveis fatores relacionados com a doença. Para isso, foram analisados prontuários das mulheres residentes no município de Maringá diagnosticado com câncer de mama atendidas na Clínica da Mulher em Maringá-PR, no período de 2013 a 2014. Para caracterização do perfil e identificação dos fatores de risco, foi aplicado a estas mulheres questionários semi estruturados. Dentro do período de estudo foi identificado 98 pacientes diagnosticadas com câncer de mama das quais 49% residiam em outros municípios e encaminhadas para a Clínica da Mulher e 51% residiam no município de Maringá. Das residentes, 56% (n=28) aceitaram responder ao questionário. A maioria (82%) das entrevistadas apresentou idade superior a 49 anos e apenas 7% delas idade inferior a 35 anos. Em relação à cor da pele, 64% se declarou branca, 29% parda e 7% negra. Observou-se que a maior prevalência foi em mulheres casadas (43%). De acordo com o grau de escolaridade 49% das mulheres completaram o primeiro grau e 32% o segundo grau. Em relação à renda familiar, 64% declararam ter renda entre 2 a 3 salários mínimos. Quanto aos fatores de risco foi observado que 29% das mulheres utilizaram contraceptivo oral por 5 anos ou mais; 11% começaram a fazer reposição hormonal; 25% declararam ter histórico familiar de câncer de mama e 82% outros tipos de câncer; 50% não praticam atividade física, 32% declararam ter hipertensão e ou diabetes e 32% são obesas. Conclui-se que o perfil das mulheres maringaenses portadoras de câncer de mama é semelhante com o descrito para a população de outras cidades brasileiras, no entanto, o que chamou a atenção foi que a maioria das mulheres do município diagnosticada com câncer de mama possui histórico de câncer na família o que sugeri que pelos menos nesta população este fator de risco foi preponderante para o desenvolvimento da neoplasia. Nossos resultados mostraram que há uma necessidade de reavaliação do planejamento do rastreio, priorizando as questões de histórico familiar.