A MEDICINA A FAVOR DO “MELHORAMENTO” HUMANO

Abstract

Esta pesquisa se propõe a analisar os estudos acerca do livro “o Futuro da Natureza Humana” de Jurguen Habermas, bem como a aplicação do princípio da dignidade da pessoa humana na manipulação dos embriões quando efetuado o diagnóstico genético pré implantatório. O foco compreende a facilidade com que o ser humano faz escolhas que vão trazer consequências para a vida de terceiros, como alterar as características físicas de uma criança, para que ela nasça parecida com os pais, ou que tenha uma “identidade cultural” como a de sua família. Cita-se o caso em que foi realizado uma “Eugenia Invertida”, às avessas, eis que um casal homossexual surdas de nascimento planejou o nascimento de seu filho com surdez. Apesar dos ordenamentos jurídicos estabelecerem que o DGPI será apenas para prevenir doenças hereditárias, é possível que esse DGPI seja utilizado para alterar as características do ser humano, e não pode ser permitido a banalização a ponto de não preservar o mínimo de dignidade aos mesmos, eis que isso torna o ser humano algo “coisificado”, trazendo a ele a classificação de “meio” e não como um “fim em si mesmo”. Hoje, o progresso das ciências biotecnológicas se encontra em estágio tão avançado, que possibilitam um novo tipo de intervenção. Isso acarreta a discussão acerca da ética médica e da ética humana.