ESTIGMA: A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOS “FLANELINHAS”

Abstract

Os grandes centros urbanos, na medida em que marcados pela diversidade cultural, se apresentam como um rico campo de pesquisa social, cujo estudo pode permitir uma melhor compreensão da cidade, enquanto contexto em que se constroem as relações sociais. Dentre as temáticas de pesquisa, nas cidades brasileiras, os “flanelinhas” mostram-se como atores sociais capazes de suscitar discussões importantes que contribuam para a construção de novas interpretações acerca desse grupo e da atividade. Deste modo, falar de uma antropologia na cidade pode, para além de uma identidade estigmatizada, revelar em que medida se constrói essa identidade do “ser flanelinha” e suas variadas formas de manifestação, cuja sua compreensão requer contextualizá-los no interior das sociedades que os abrigam. Pois, acredita-se que discutir os conceitos de identidade e estigma possa ser uma importante contribuição teórico-prática para se pensar os “flanelinhas”, bem como compreender, para além do estigma, a origem do preconceito contra o grupo, além das suscitadas pelo senso comum.