ALTA CIRCUNSTANCIAL: UMA PROPOSTA EFICAZ?

Abstract

Na prática clínica fonoaudiológica, especificamente de discentes do curso de Fonoaudiologia, o processo de avaliação fonoaudiológica compreende a três fases, cujas denominações seguem de anamnese e/ou entrevista inicial, avaliação e conduta, ainda que não necessariamente nesta mesma ordem. Para a designação da conduta de alta circunstancial tem-se o critério da possibilidade de redução/eliminação do sintoma/queixa sem a intervenção direta do discente, para a qual, o acadêmico orienta e facilita estratégias sobre o que e como fazer para atender as necessidades do sujeito e de sua família durante um período por ele pré-determinado sem a intervenção direta. (OBJETIVO) O objetivo desta pesquisa foi caracterizar se há eficácia das orientações fornecidas por discentes do curso de Fonoaudiologia à família e/ou sujeito, como efeito educativo para a promoção da saúde durante a alta circunstancial. (METODOLOGIA). Para a realização da mesma, foram entrevistados vinte sujeitos (quando maiores), pais e/ou responsáveis de sujeitos com alta circunstancial no Estágio de Avaliação de Linguagem nos anos de 2004 e 2005. (RESULTADOS). Os sujeitos pesquisados referiram em grande proporção ter recebido as orientações referentes à avaliação fonoaudiológica realizada, referiram também ter apreendido as orientações recebidas, compreendidas e aplicadas. (CONCLUSÃO) A proposta de alta circunstancial é uma modalidade de tratamento eficaz, no entanto sugere-se a devida orientação sobre as expectativas dos responsáveis frente às concepções de dificuldades quanto à comunicação oral de seus filhos que devido à idade encontram-se em processo de desenvolvimento de seu inventário fonético e escolar.