OS PROCESSOS COGNITIVOS DA PSIQUE INFANTIL SOBRE A AQUISIÇÃO DA ESCRITA SEGUNDO A TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL

Abstract

Este trabalho pretende investigar os processos mentais que viabilizam a aquisição da escrita no período da infância dentro da Teoria Histórico-Cultural. Esta pesquisa abordará os principais conceitos da teoria supracitada, no que tange aos processos psicológicos movidos no processo de aquisição da escrita e as contribuições do autor sobre a gênese da escrita desde suas formas mais simples até a aquisição do sistema gráfico, bem como a capacidade de se comunicar por ele. O objetivo geral consiste em compreender como as funções psicológicas se desenvolvem até que a criança domine a linguagem escrita como uma forma de se comunicar. Para que possamos fundamentar e argumentar a respeito destes processos faremos uma revisão de literatura apoiada na pesquisa bibliográfica com obras de Lev Vygotsky e de seus colaboradores, a exemplo, Alexander Luria e Alexei Leontiev. Também utilizaremos artigos e periódicos secundários voltados a alfabetização segundo a concepção Sociointeracionista. A análise do levantamento bibliográfico será qualitativa, apresentaremos um paralelo entre a alfabetização, as práticas pedagógicas e os métodos utilizados juntamente com os processos ou funções psicológicas movidas e evoluídas pelo processo de escrita na psique infantil. O estudo se justifica pela relevância de os alfabetizadores e futuros professores conhecerem as fases pelas quais as crianças passam, a fim de entenderem os percursos mentais até o domínio da atividade escrita, além de refletirem sobre as atuais práticas pedagógicas. Para tanto, tentaremos responder a seguinte problemática: Como ocorrem as transformações mentais a partir do momento em que a criança entra em contato com a escrita até dominá-la completamente? Espera-se com esse estudo contribuir com as práticas pedagógicas dos professores alfabetizadores a partir da perspectiva Histórico-Cultural na compreensão dos processos mentais e evolutivos que a criança passa até dominar o sistema da escrita convencional, a partir do exposto o educador pode guiar sua atuação para que este processo seja facilitado, prazeroso e significativo para seus alunos. Consolidar a prática de escrever como uma função social é imprescindível para formar cidadãos conscientes e atuantes dentro da sociedade, visto que a escrita insere o indivíduo na dimensão política, cultural, social e linguística de seu país para que este se aproprie do conhecimento elaborado e construído pelos seres humanos ao longo do tempo.