TABAGISMO MATERNO DURANTE A GESTAÇÃO E EFEITOS TRANSGERACIONAIS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Abstract

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabagismo é o líder global de doenças crônicas não transmissíveis e de mortes evitáveis no mundo. No entanto, aproximadamente 250 milhões de mulheres em todo mundo são fumantes, inclusive na gravidez, podendo ocasionar graves consequências às suas proles. Baseado nestas informações, objetivo do presente trabalho é avaliar os principais efeitos transgeracionais do tabagismo na gestação, por meio de pesquisa bibliográfica usando como base de dados Lilacs,Pubmed e Scielo.Os artigos encontrados foram cuidadosamente selecionados, analisados e interpretados. Desta forma foi possível observar que durante a fase fetal, o tabagismo materno ocasiona problemas como placenta prévia, episódios de hemorragia materna, abortos espontâneos, nascimentos prematuros, mortes fetais e acelerar o batimento cardíaco. Nos neonatos observa-se baixo peso ao nascer, síndromes de abstinência do tabagismo fetal e são menos propensos a serem amamentados comparados aos filhos de mães não fumantes. Na infância, os filhos de mães fumantes apresentam menor crescimento em estatura comparados aos de não fumantes, aumento do risco de apresentar asma. Na adolescência o tabagismo materno pode ser associado com o desenvolvimento da obesidade e hipertensão. Na fase adulta, os indivíduos expostos ao tabagismo materno preferem mais carboidratos às proteínas, além do aumento das infrações penais entre os homens devido ao transtorno de déficit de atenção, hiperatividade e delinquência juvenil. Portanto, pode se concluir que o tabagismo materno durante a gravidez pode afetar todas as fases da vida das suas proles podendo causar graves consequências aos mesmos.