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http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11759
Tipo: | Artigo de Evento |
Título: | RELAÇÃO ENTRE HIPERTENSÃO ARTERIAL E ANSIEDADE EM INDIVÍDUOS HIPERTENSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA |
Autor(es): | Fernandes, Jhemilly Scarleth Araujo Fernandes, Thamires Manzano Milani, Rute Grossi |
Resumo: | A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição crônica global que representa um desafio significativo para a saúde pública, tanto no Brasil quanto no mundo. A ansiedade é um fator relevante ligado aos riscos da hipertensão, com estresse mediado pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, contribuindo para mecanismos autonômicos que podem elevar o risco de doenças cardiovasculares e hipertensão. Destaca-se que, em 2019, cerca de 301 milhões de indivíduos em todo o mundo sofria algum tipo de transtorno de ansiedade, e esse número aumentou mais de 25% após o primeiro ano da pandemia de Covid-19. Dessa forma, o aumento na prevalência da ansiedade e sua relação com a HA são preocupantes. Portanto, a gestão multidisciplinar e a promoção da saúde são fundamentais no tratamento da hipertensão, considerando fatores, como a ansiedade, para proporcionar cuidados integrados. Objetivo: Buscou-se explorar a relação entre variações da hipertensão arterial e ansiedade em indivíduos hipertensos na Atenção Primária de Saúde. Para isso, foram analisados os níveis de ansiedade e saúde mental pelos questionários GAD-7 e Mental Health Continuum-Short Form (MHC-SF). Metodologia: Este estudo foi do tipo observacional, transversal e quantitativo, composto por 64 participantes hipertensos moradores da cidade de Maringá-PR atendidos nas Unidades Básicas de Saúde. Os participantes tiveram sua pressão arterial aferida e forneceram o termo de consentimento livre e esclarecido por escrito, em duas vias. Os participantes também responderam a um questionário socioeconômico e aos instrumentos GAD-7 (Transtorno de Ansiedade Generalizada) para avaliar a ansiedade e o Mental Health Continuum-Short Form (MHC-SF) para avaliação a saúde mental e seus componentes de bem-estar emocional, psicológico e social. Os instrumentos levaram cerca de 3 a 5 minutos para serem respondidos e possuem respostas no formato Likert, variando de 0 a 5. Para análise estatística, foi realizado Correlação de Pearson entre os instrumentos, com um nível de significância de 5%, além disso os dados foram analisados utilizando médias, desvio padrão, tabelas e gráficos, com o Microsoft Excel e o software GraphPad Prism. Resultados: Entre os 64 participantes, 45 eram mulheres e 19 eram homens. A distribuição etária mostrou que 50% dos participantes tinham entre 45 e 64 anos, 4% entre 25 e 44 anos, e 45% tinham mais de 65 anos. Em relação ao perfil socioeconômico, 46% recebiam até um salário-mínimo per capita, 31% entre um e dois salários mínimos, 17% entre dois e quatro salários mínimos, 3% não possuíam renda, e 1,5% declararam renda superior a seis salários mínimos. Quanto à classificação de ansiedade pelo GAD-7, entre as mulheres, 18 apresentavam ansiedade leve, 17 moderada, 7 grave, e 3 não apresentavam ansiedade ou apresentavam níveis mínimos. Entre os homens, 8 tinham ansiedade moderada, 7 leve, 3 grave, e apenas 1 apresentava ansiedade mínima ou ausente. A correlação de Pearson revelou uma associação significativa entre os escores do GAD 7 e o bem-estar psicológico medido pelo MHC-SF, com uma correlação negativa, indicando que níveis mais altos de ansiedade estão associados a uma redução no bem-estar psicológico. Também, foi significativo a relação do GAD-7 com a pressão arterial sistólica, indicando que níveis mais altos de ansiedade podem estar relacionados a uma elevação da pressão arterial sistólica. Esses achados indicam que a ansiedade pode estar significativamente relacionada à redução do bem-estar psicológico e com uma elevação hipertensão, mesmo em tratamento. Além disso, a distribuição etária e socioeconômica dos participantes destaca a importância de considerar fatores demográficos ao abordar a saúde mental. A prevalência de ansiedade em níveis moderados a graves entre a maioria dos participantes reforça a necessidade de intervenções direcionadas para melhorar o bem-estar psicológico, especialmente entre aqueles com menor renda e em faixas etárias mais avançadas. Espera-se que esses resultados incentivem a realização de intervenções e mais estudos sobre a temática, além da replicação dos instrumentos ou criação de outras estratégias em meio âmbito clínico da Atenção Primária para auxiliar na abordagem do manejo da hipertensão. Isso facilitaria o tratamento e promoveria um cuidado mais abrangente para os pacientes. |
Palavras-chave: | Transtornos de ansiedade Atenção à sáude Saúde mental |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | UNIVERSIDADE CESUMAR |
Sigla da Instituição: | UNICESUMAR |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11759 |
Data do documento: | 19-Mar-2025 |
Aparece nas coleções: | XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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904457.pdf | Trabalho apresentado na XII Mostra Interna de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (28 a 31 de outubro de 2024) | 122.51 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
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