EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
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Tipo: Artigo de Evento
Título: RELAÇÃO ENTRE A NUTRIÇÃO E ALTERAÇÕES COGNITIVAS EM IDOSOS COMUNITÁRIOS DE UM MUNICÍPIO DO PARANÁ
Autor(es): Takeuti, Fernanda Yanaga
Paltanin, Ana Victória Freitas
Santos, Aliny de Lima
Tonsic, Bárbara Ribeiro
Resumo: O envelhecimento é um processo complexo o qual envolve diversas alterações metabólicas do organismo, afetando principalmente a capacidade adaptativa dos sistemas que o compõem. Nesse cenário, o órgão mais acometido é o encéfalo, o qual demanda 50% dos nutrientes transportados pelo sangue. Diante disto, na senilidade são observados sinais de esquecimento, problemas de cálculo, atenção, concentração e dificuldades de planejamento e organização, no entanto, essas alterações fisiológicas na função cognitiva não devem ser incapacitantes e progressivas. Caso a realização das atividades cotidianas seja afetada, há um forte indicativo de um processo patológico no órgão responsável por essas atividades. Destarte, grande parte dessas alterações estão relacionadas ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, entre elas a doença de Alzheimer (DA) e também alterações cognitivas moderadas, que podem ser precedidas pela formação de placas de beta-amilóide no encéfalo. Ademais, estudos apontam que o consumo de grupos de alimentos que possuam em sua composição antioxidantes, vitaminas do complexo B, polifenóis, ácidos graxos polinsaturados (AGPI), gorduras monoinsaturados (MUFAs) e ácido docosahexaenóico (DHA), impedem a formação dessas proteínas ou ainda agem de forma a degradá-las. No uso cotidiano, esses componentes são encontrados em vegetais, frutas, nozes, grãos integrais, leguminosas, sementes, vinho tinto, azeite de oliva e peixes gordurosos, como o salmão. Dessa forma, se considerar que os primeiros sintomas de alterações cognitivas são, geralmente, observados apenas 20 anos após o início das alterações estruturais dessa proteína, compreende-se que a adesão precoce a uma dieta rica nesses nutrientes pode ter caráter protetivo e preventivo, haja vista que a alimentação é um fator modificável e passível de intervenção. Objetivo: Correlacionar os hábitos nutricionais dos idosos com alterações cognitivas. Avaliar se há o consumo de alimentos protetores em sua atual rotina alimentar, além de associar a presença de alterações cognitivas a uma possível dieta anterior não favorável. Por fim, analisar o conhecimento dos idosos sobre a importância da alimentação na prevenção do envelhecimento cognitivo patológico. Metodologia: O presente estudo busca estabelecer uma relação entre o comportamento alimentar e o estado cognitivo de cerca de trinta idosos, participantes regulares do grupo de atividade física da Unidade Básica de Saúde (UBS) Cidade Alta, Maringá-PR. Os entrevistados possuirão entrada livre na pesquisa, o que possibilita a captação de novos participantes no decorrer do processo e não exclui eventuais desistências. Primeiramente, as acadêmicas os visitarão em uma manhã de atividades visando uma aproximação inicial e o registro sociodemográfico. Deste modo, será feito contato via mensagem ou ligação, agendando visitas domiciliares nos horários convenientes aos idosos. Planeja-se concluir as entrevistas num período de duas semanas, as quais serão compostas por cinco segmentos: 1) Identificação; 2) Perfil Socioeconômico e Condições Gerais de Saúde; 3) Mini Exame do Estado Mental; 4) Escala de Lawton e 5) Questionário de Frequência Alimentar adaptado. Na última etapa, ao identificar as deficiências mais relevantes da rotina alimentar dos referidos idosos, será implementada uma ação de educação em saúde. Esta contará com uma reunião de abertura para conscientização acerca da temática e o seguimento ocorrerá através de mensagens informativas via Whatsapp. Resultados Esperados: Com a realização das entrevistas, espera-se encontrar um contingente considerável de idosos com suas funções cognitivas levemente prejudicadas, como demonstrado por resultados abaixo da faixa de corte estabelecida pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Ainda, acredita-se que a utilização do Teste de Lawton, ao avaliar o nível de autonomia do idoso em suas atividades cotidianas, possibilitará maior compreensão da extensão do prejuízo cognitivo previsto pelo MEEM. Ademais, pressupõe-se que estes idosos apresentarão baixo consumo em sua dieta dos compostos avaliados como benéficos à saúde cognitiva, o que favorecerá a correlação entre os hábitos alimentares desfavoráveis praticados ao longo de toda vida e suas consequências na cognição, constatadas pelas pontuações rebaixadas nos testes aplicados. Outro ponto que se espera observar, a partir do questionário socioeconômico, é a prevalência de uma baixa escolaridade entre os idosos entrevistados. Com isso, prevê-se uma associação entre as pessoas de perfil socioeconômico mais frágil, com a presença de desinformação a respeito da importância da alimentação para o envelhecimento cognitivo saudável. Junto a isso, calcula-se que os idosos também manifestarão dificuldades em adquirir os alimentos que proporcionam efeito protetivo e ainda em compreender os que compõem uma alimentação nutritiva e benéfica à saúde. Portanto, compreende-se a necessidade do conhecimento para que os idosos possam implementar a medida preventiva em seus hábitos. Assim, a partir de breve intervenção educativa inicial e, posterior incentivo semanal, com indicações de alimentos a serem inseridos nos cardápio cotidiano, espera-se que os idosos passem a implementar em suas rotinas o consumo de determinados alimentos e a exclusão ou redução de outros. Por meio dessa intervenção, objetiva-se possibilitar direta e indiretamente a aquisição de melhor qualidade cognitiva com o passar do tempo.
Palavras-chave: Envelhecimento cognitivo
Comportamento Alimentar
Envelhecimento Saudável
Idioma: por
País: Brasil
Editor: UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição: UNICESUMAR
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11756
Data do documento: 19-Mar-2025
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