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http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11677
Tipo: | Artigo de Evento |
Título: | PERFIL ALIMENTAR E SINTOMAS DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS RESIDENTES NA CIDADE DE PONTA GROSSA/PR |
Autor(es): | Yamada, Fernanda Ayumi Guiguel, Alexandro Luiz Ito, Vivian Cristina |
Resumo: | O HIV é um retrovírus que se integra ao DNA das células do sistema imunológico, principalmente linfócitos T-CD4+. A infecção pode levar à AIDS, mas nem todos os portadores de HIV desenvolvem a doença. Inicialmente identificado nos EUA em 1981 e no Brasil em 1982, o país iniciou um programa de controle em 1984 e garantiu antirretrovirais gratuitos em 1996. O Brasil também foi pioneiro em tratamento preventivo em 2013. Apesar dos avanços, a insegurança alimentar continua a impactar a adesão ao tratamento. Uma dieta balanceada melhora a eficácia da terapia antirretroviral e a qualidade de vida dos pacientes com HIV. Objetivo: esta pesquisa visa compreender o perfil da rotina alimentar dos entrevistados, bem como os principais sintomas de pessoas vivendo com HIV e AIDS e seu nível de conhecimento sobre a interação de medicamentos com alimentos. Metodologia: trata-se de um estudo observacional analítico transversal de natureza aplicada com uma abordagem qualitativa-quantitativa e um objetivo exploratório, conduzido por meio de uma pesquisa. Os dados foram coletados por meio de questionário eletrônico estruturado, com informações sobre: idade; gênero; orientação sexual; tempo de diagnóstico; estado de saúde; se realiza acompanhamento médico e exames de rotina -carga viral e contagem de linfócitos T-CD4+; qual medicamento antirretroviral utiliza; se há e quais efeitos colaterais da medicação; se faz acompanhamento com nutricionista; dados antropométricos (peso e altura); conhecimento sobre as interações dos medicamentos com os alimentos e suplementação. Para avaliar o consumo alimentar foi utilizado um questionário de frequência alimentar (QFA). A população alvo foram adultos acima de 18 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de HIV/AIDS superior a seis meses, que realizam a Terapia Antirretroviral (TARV) e residentes na cidade de Ponta Grossa/PR. O estudo foi realizado conforme a legislação de ética em pesquisa para seres humanos, e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UniCesumar (CAAE nº 70983223.7.0000.5539). Resultados: a amostra deste estudo consistiu em 31 participantes, dos quais 28 foram diagnosticados com HIV/AIDS, sendo excluídos 3 indivíduos por não se enquadrarem no perfil da pesquisa. Entre os participantes com diagnóstico de HIV, todos estavam em acompanhamento e nenhum evoluiu para AIDS. A grande maioria, 92,8%, utilizava antirretrovirais. Os resultados mostraram que 57,1% dos participantes relataram efeitos colaterais relacionados aos medicamentos. Fadiga (28,6%), ansiedade e/ou vômito (19%) e dor de estômago (19%) foram os mais comumente relatados. Em relação à interação dos medicamentos antirretrovirais com alimentos, 71,4% estavam desinformados, enquanto 28,6% estavam familiarizados com o assunto. Além disso, 82,1% dos participantes nunca receberam orientação de nutricionistas, uma descoberta significativa dada a importância crucial da nutrição no tratamento do HIV/AIDS. Em termos de estado nutricional, 37,5% dos participantes relataram problemas, com a perda de peso sendo a queixa mais comum (36,4%), seguida por prisão de ventre e constipação, ambas com 18,2%. A avaliação antropométrica revelou que 39,3% dos pacientes estavam com peso adequado, 35,7% tinham sobrepeso, 14,3% apresentavam obesidade grau I e 10,7% obesidade grau II. Quanto à percepção do estado nutricional e imunológico, 23,2% consideram seu estado ruim, enquanto 51,8% acreditam que sua dieta está adequada e seu estado imunológico é bom. Em relação a avaliação dos hábitos alimentares, os resultados mostraram que os alimentos mais consumidos diariamente incluem arroz, feijão, pão, açúcar, leite e café. Os alimentos proteicos mais consumidos são o feijão e a carne de frango, já a carne bovina o consumo maior é de 2 a 3 vezes na semana. Já as frutas e hortaliças são consumidas apenas de 2 a 3 vezes na semana. Os alimentos industrializados são poucos ou nunca consumidos pelos participantes. Com relação ao consumo de água, foram relatados que 50% dos participantes consomem no mínimo 2 (dois) litros de água diariamente. Considerações Finais: Os resultados indicam que uma nutrição adequada é essencial para promover a saúde e a qualidade de vida, especialmente para pacientes com HIV. É fundamental personalizar os cuidados nutricionais para atender às necessidades específicas de cada indivíduo. A nutrição é um direito fundamental para o bem-estar, mas ainda não é universalmente garantida no Brasil. Este estudo sublinha a importância da conscientização sobre hábitos alimentares equilibrados para o tratamento do HIV, ajudando a reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos e a melhorar a imunidade. As descobertas têm implicações significativas para a saúde pública, políticas governamentais e futuras pesquisas, especialmente no que diz respeito à segurança alimentar e às políticas públicas de apoio nutricional para pacientes com HIV. |
Palavras-chave: | Hábitos alimentares Imunologia Nutrição Terapia antirretroviral Frequência alimentar |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | UNIVERSIDADE CESUMAR |
Sigla da Instituição: | UNICESUMAR |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11677 |
Data do documento: | 24-Fev-2025 |
Aparece nas coleções: | XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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905775.pdf | Trabalho apresentado na XII Mostra Interna de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (28 a 31 de outubro de 2024) | 135.15 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
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