EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Tipo:	Artigo de Evento
Título:	O PAPEL DOS PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS NA SAÚDE GASTROINTESTINAL DE INDIVÍDUOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Autor(es):	Dos Santos, Ana Carolina Valladares
Resumo:	O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio complexo do neurodesenvolvimento, caracterizado por sua etiologia multifatorial, que ainda não é completamente compreendida. Fatores genéticos, ambientais e imunológicos são amplamente reconhecidos como influências significativas no desenvolvimento do TEA. Nos últimos anos, os estudos têm se voltado a função e importância da microbiota gastrointestinal (MGI) na manifestação dos sintomas do TEA. A disbiose, caracterizada pelo desequilíbrio na MGI, tem sido frequentemente associada a sintomas gastrointestinais, que acometem cerca de 60% dos indivíduos diagnosticados com autismo. Diante disso, a suplementação com probióticos e prebióticos surge como uma estratégia terapêutica promissora, com o potencial de restaurar o equilíbrio microbiano e melhorar a saúde gastrointestinal, contribuindo assim para a qualidade de vida dos indivíduos com TEA. Objetivo: Revisar e analisar criticamente o papel dos probióticos e prebióticos na modulação da microbiota intestinal e seus efeitos na saúde geral de indivíduos com TEA. Metodologia: A pesquisa baseou-se em uma revisão sistemática da literatura científica, focando em estudos clínicos que investigaram a administração de probióticos e prebióticos em indivíduos com TEA. Foram analisados os resultados relacionados à melhora dos sintomas gastrointestinais e comportamentais, bem como as possíveis vias imunológicas e inflamatórias envolvidas. Resultados: Os resultados indicam que a suplementação com probióticos, em particular cepas de Lactobacillus e Bifidobacterium, pode promover uma restauração significativa do equilíbrio da microbiota intestinal em indivíduos com TEA, aliviando sintomas gastrointestinais como dor abdominal, constipação e diarreia, comuns nesses pacientes. Além dos benefícios gastrointestinais, foi observada uma redução nos sintomas comportamentais associados ao TEA, como diminuição da irritabilidade, agressividade e retraimento social. Este achado sugere que a modulação da microbiota intestinal pode ter um impacto positivo tanto na saúde gastrointestinal quanto nos aspectos comportamentais do TEA. A crescente evidência dos benefícios dos probióticos e prebióticos na saúde gastrointestinal e no comportamento de indivíduos com TEA destaca a importância dessas intervenções como estratégias terapêuticas na prática clínica. A inclusão de probióticos e prebióticos em planos de tratamento pode oferecer uma abordagem complementar e não invasiva para o manejo dos sintomas de TEA, especialmente em pacientes que apresentam disbiose e sintomas gastrointestinais persistentes. Além disso, os prebióticos como inulina e oligofrutose demonstraram potencial aumento a diversidade da microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias benéficas, o que contribui para um estado gastrointestinal mais saudável. Uma microbiota mais diversa está associada a uma maior resiliência contra distúrbios como a disbiose. Contudo, a resposta à suplementação com probióticos e prebióticos pode variar significativamente entre os indivíduos, influenciada por fatores como idade, dieta e composição inicial da microbiota intestinal. Essas variações destacam a importância da personalização das intervenções terapêuticas, que podem incluir a análise da microbiota de cada paciente antes de iniciar o tratamento, permitindo a seleção de cepas probióticas e doses de prebióticos mais adequadas para as necessidades específicas do paciente. O uso combinado de prebióticos e probióticos pode, portanto, proporcionar um efeito sinérgico, promovendo o crescimento de bactérias benéficas. Mais estudos são necessários para entender melhor os mecanismos de ação e identificar quais indivíduos são mais susceptíveis a se beneficiar dessa intervenção. Essa abordagem personalizada pode incluir testes genéticos, análise da microbiota e monitoramento contínuo dos sintomas, visando adaptar as intervenções de acordo com as mudanças observadas durante o tratamento. As evidências atuais, embora promissoras, ainda necessitam de validação adicional por meio de ensaios clínicos de maior escala e duração prolongada. Esses estudos futuros devem se concentrar em estabelecer protocolos padronizados para a administração de probióticos e prebióticos, o que poderia levar a abordagens terapêuticas mais individualizadas e eficazes para o manejo dos sintomas do TEA. Considerações Finais A intervenção com probióticos e prebióticos representa uma abordagem promissora e inovadora na gestão dos sintomas de TEA, especialmente em relação à saúde gastrointestinal. Os estudos reforçam a conexão entre a saúde intestinal e a neurofisiologia, sugerindo que a modulação da microbiota pode ser uma importante estratégia no tratamento do TEA. As variações na resposta individual à suplementação demonstram a necessidade de uma abordagem personalizada, e a criação de protocolos individualizados pode revolucionar a prática clínica, oferecendo tratamentos mais eficazes e adaptados às necessidades específicas dos indivíduos com TEA. Dessa forma, essa prática pode se tornar uma opção eficaz para tratamento dos sintomas do TEA, contribuindo para uma melhora na qualidade de vida desses pacientes.
Palavras-chave:	Transtorno do Espectro Autista Microbiota intestinal Probióticos Prebióticos Saúde Gastrointestinal
Idioma:	por
País:	Brasil
Editor:	UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição:	UNICESUMAR
Tipo de Acesso:	Acesso Aberto
URI:	http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11654
Data do documento:	19-Fev-2025
Aparece nas coleções:	XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

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