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http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11643
Tipo: | Artigo de Evento |
Título: | O ENVELHECIMENTO COM TRANSTORNOS MENTAIS AGRAVADOS: PERSPECTIVAS E REPRESENTAÇÕES DE IDOSOS COM BIPOLARIDADE OU DEPRESSÃO |
Autor(es): | Rodrigues, Sophia Ivantes Silva, Marília da Mata De Oliveira, Leonardo Pestillo Garcia, Lucas França |
Resumo: | Com o aumento da expectativa de vida, a população de pessoas idosas cresce rapidamente, acompanhada por um número crescente de idosos com transtornos mentais agravados. O envelhecimento é um processo natural que envolve aspectos biopsicossociais complexos, refletindo as necessidades específicas dessa fase da vida. Os transtornos mentais agravados, como o transtorno de humor bipolar e a depressão, tornam ainda mais complexa essa dinâmica de envelhecimento. Objetivo: Analisar as concepções de idosos com transtornos mentais agravados sobre o próprio processo de envelhecimento. Metodologia: Foi conduzida uma revisão integrativa da literatura para responder à pergunta de pesquisa “Qual a percepção de pessoas com transtornos mentais sobre envelhecer com essa condição de saúde?”. Foram selecionados artigos publicados nos últimos cinco anos (2019 a 2024), abrangendo estudos qualitativos, quantitativos e de métodos mistos sobre a percepção de adultos com transtornos mentais sobre o envelhecimento. Após a triagem de 359 artigos, utilizando a ferramenta Rayyan. Para a organização e síntese dos dados utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin, com auxílio do software QSR NVIVO 14. Resultados: Foram analisados quatro artigos após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e três categorias foram identificadas por meio da análise de conteúdo de Bardin: 1) Lacunas e barreiras do sistema de saúde; 2) Estigmas, crenças e impactos psicológicos; 3) Suporte social. A primeira categoria refere-se às barreiras e lacunas enfrentadas pelos idosos com transtornos mentais agravados em relação aos serviços de saúde. Observou-se uma alta medicalização, incerteza dos profissionais sobre o tipo de atendimento adequado (quanto ao encaminhamento dessa população para serviços destinados a idosos ou adultos, ou para o atendimento primário ou secundário), foco biologizante no atendimento com a justificativa de ser um método mais fácil e rápido para as necessidades do paciente, problemas de acessibilidade e transporte para acessar os serviços, além de dúvidas quanto ao atendimento psicoterapêutico. Questões cognitivas também são levantadas em meio as barreiras ao acesso a psicoterapia, devido a implicações na memória e na concentração. A segunda categoria teve como foco as concepções individuais e os impactos do estigma social na vida de pessoas idosas com transtornos mentais agravados. As pessoas idosas acreditam que a psicoterapia seja prejudicial, no sentido de sinônimo de fraqueza, com caráter ineficaz e não prioritária, sendo destinada a indivíduos “loucos”, “lunáticos” e “fracos”. Por sua vez, os transtornos mentais agravados levam à identificação do indivíduo com o transtorno, fazendo-os acreditar que seus antigos papeis sociais já não possam mais ser desempenhados, principalmente quando simultâneos ao envelhecimento. Sentimentos de tristeza, solidão, incerteza e incômodos físicos são comuns, embora o envelhecimento possa também simbolizar privilégio e crescimento pessoal. O abandono de uma rotina de exercícios físicos, frequentemente devido aos incômodos físicos resultantes do envelhecimento, amplifica os sentimentos de mal-estar e incapacidade pessoal. Na terceira e última categoria, discute-se o suporte social. O contato com família e amigos mostra-se um fator positivo e protetivo para o bem-estar, enquanto o luto, a solidão e a perda estão associadas a fatores negativos que impactam a qualidade de vida desses idosos. Em destaque, observa-se que o afastamento dos filhos do ambiente materno ou paterno contribui para os sentimentos de solidão e abandono. Considerações Finais: A percepção dos idosos com transtornos mentais agravados sobre o envelhecimento é frequentemente negligenciada na literatura, justificada pela crença na menor eficácia das intervenções em saúde mental para pessoas idosas, bem como pelo foco dos estudos nos aspectos biológicos do envelhecimento. A utilização de termos estigmatizantes são frequentemente usados tanto pelos idosos quanto pela literatura analisada nesta revisão integrativa. Intervenções humanizadas, personalizadas e acessíveis, como atendimento domiciliar e suporte social, são necessárias para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dessa população. |
Palavras-chave: | Envelhecimento Transtorno Bipolar Transtorno Depressivo Maior Saúde mental Idosos |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | UNIVERSIDADE CESUMAR |
Sigla da Instituição: | UNICESUMAR |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11643 |
Data do documento: | 19-Fev-2025 |
Aparece nas coleções: | XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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902131.pdf | Trabalho apresentado na XII Mostra Interna de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (28 a 31 de outubro de 2024) | 122.25 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
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