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http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11519
Tipo: | Artigo de Evento |
Título: | FORAME OVAL PATENTE: RISCO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO E FORMAS DE DIAGNOSTICO |
Autor(es): | Vilela, Melissa Miranda Meneguetti, Rafaela Mainardes, Sandra Cristina Catelan |
Resumo: | O forame oval está presente na vida intrauterina, permitindo a passagem de sangue entre o átrio direito e esquerdo devido a diferença de pressão. Pós nascimento ocorre o fechamento fisiológico por conta do início da atividade respiratória. Entretanto, em parte da população o forame oval continua aberto, sendo conhecido como forame oval patente (FOP). A relação entre o FOP e o acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) está na formação de êmbolos e coágulos causando embolia paradoxal, nesse tipo de embolia ocorre a passagem de êmbolo do sistema venoso para o arterial pelo shunt direito-esquerdo, causando um AVCi pela interrupção do suprimento sanguíneo. Assim, o FOP tem sido estudado por estar relacionado com AVCi em jovens e pessoas sem fatores de risco. E por isso tem se buscado formas de diagnósticos, como os exames: ecocardiograma transtorácico (ETT), ecocardiograma transesofágico (ETE), e o doppler transcraniano (DTC). Assim, pesquisa possibilitou estabelecer o vínculo entre o FOP e o AVCi e entender sobre as possíveis formas de diagnóstico. Além do diagnóstico, compreender sobre a anatomia e formas de tratamento para evitar AVCi em pacientes com FOP estão presentes na pesquisa, a fim de trazer menos riscos para a saúde da população. Objetivo: Descrever a relação entre forame oval patente e acidente vascular encefálico isquêmico. Metodologia: A pesquisa trata de uma revisão literária que utilizou evidencias cientificas entre os anos de 2019-2024, encontradas nas bases de dados Index ScIElo (Scientific Electronic Library Online), PubMed (United States National Library of Medicine) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) com a utilização dos termos do Decs : “forame oval patente”, “acidente vascular cerebral isquêmico”, “ecocardiograma transtorácico (ETT)”, “ecocardiograma transesofágico (ETE)” e “doppler transcraniano (DTC)”. Foram utilizados apenas artigos científicos completos, estudos de casos, estudos de coorte, estudos retrospectivos e prospectivos observacionais, ensaio clínico, revisões sistemáticas, meta-análises e estudos experimentais, em língua inglesa e portuguesa. A pesquisa inicialmente resultou em 163 achados, houve exclusão de 138 por: duplicidade, idioma inadequado, não responder à pergunta norteadora, não estar disponível gratuitamente e por não abordar o tema. Assim, 25 trabalhos foram selecionados. Ainda, o critério de verificação PRISMA foi utilizado, dessa forma produzindo uma revisão integrativa baseada na pergunta norteadora. Resultados: Embora a FOP seja observada em 25% da população, nem sempre é uma das causas de embolias que causam AVCi. Ao mesmo tempo, 45% dos pacientes jovens com AVCi, possuem FOP. Além da maior probabilidade acidente vascular, o FOP causa enxaqueca, embolia arterial periférica e outros ricos para população. É muito comum ser encontrado o Shunt da direita para esquerda (Shunt R-L) em pacientes jovens que sofreram acidente vascular isquêmico. Uma forma não invasiva e inicial de aliar o Shunt R-L é o TCD com contraste de bolha, que permite o possível diagnóstico de acidente vascular embólico de fonte indeterminada (ESUS), assim podendo ser realizado o TEE para se confirmar o FOP. Apesar de se acreditar que o TEE é mais eficaz que o TTE, ambos possuem taxa de detecção parecida, o que muda é a precisão do TEE em determinar o tamanho do forame oval. O tamanho do FOP deve ser considerado ao avaliar um paciente quanto à origem da embolia, visto que, o risco é muito maior de ter passagem transeptal de êmbolos em lesões maiores. Algumas técnicas podem aumentar a capacidade dos exames, como o uso da manobra de valsalva, que faz com que o shunt tenha maior previsibilidade do que o shunt em repouso. Durante essa manobra, o TTE também pode ser utilizado para fazer a identificação de um shunt temporário da direita para a esquerda, que resulta em um momento breve de pressão arterial direita excedendo a do lado esquerda. Ainda, a especificidade dos testes para identificação do FOP pode ser melhorada quando utilizados juntos, um exemplo é o caso do TTE mais o TDC, entretanto essa união pode diminuir a sensibilidade. Ademais, a ecocardiografia transesofágica pode ser utilizada para tirar medidas do FOP, assim mostrando que volume da lesão cerebral é inversamente dependente do comprimento da PFO. Pacientes que tiveram AVCi com causa desconhecida, é de muita importância que realizem um monitoramento por eletrocardiograma (ECG) e por ecocardiografia transtorácica, a fim de procurar um causa cardioembólica. Embora a TEE seja considerada padrão-ouro para triagem de FOP, ainda existem falhas, como a presença de resultados falsos-negativos. Além dos exames de imagem, biomarcadores de fibrose cardíaca e de inflamação, como a galectina-3 e osteoprotegerina, demonstram a relação entre o AVCi isquêmico e o FOP. Ainda pode-se contar com a pontuação Risco de Embolia Paradoxal (RoPE), que é uma forma de relacionar o AVCi com o forame oval patente calculada pelos níveis de peptídeo natriurético cerebral,pelo aumento do diâmetro atrial esquerdo, pela existência de placa de arco aórtico e FOP não substancial, quando sua pontuação é de 7 a 10 é porque possui relação, caso seja entre 0 e 6 é considerado um acidente vascular encefálico com FOP incidental. Mesmo que a pontuação RoPE seja muito utilizada, deve-se reduzir seu uso com pacientes idosos pois dá um peso muito grande à idade, levando a um efeito de teto. Outra limitação potencial do escore RoPE é que os pacientes com as pontuações mais altas são aqueles com menor risco de recorrência, dificultando seu uso para selecionar pacientes para terapia preventiva direcionada. O fechamento do FOP mostrou um benefício marcante na prevenção de acidente vascular cerebral, sendo superior à terapia médica em termos de prevenção de novos AVCi em pacientes com shunts moderados a grandes ou com idade inferior a 60 anos. Considerações Finais: Diante do exposto, esse estudo teve como objetivo responder à pergunta de pesquisa: “Qual a relação do FOP e o AVCi e quais as formas de confirmar essa relação?”. A partir do trabalho foi possível perceber que a relação causal entre AVCi e FOP é altamente provável, além de que a morfologia do forame oval patente (FOP) é um importante fator de risco. A forma mais eficaz de diagnóstico é a através da união dos exames: ETT, ETE e DTC. |
Palavras-chave: | Forame oval patente Acidente vascular cerebral isquêmico Diagnóstico |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | UNIVERSIDADE CESUMAR |
Sigla da Instituição: | UNICESUMAR |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11519 |
Data do documento: | 4-Fev-2025 |
Aparece nas coleções: | XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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914678.pdf | Trabalho apresentado na XII Mostra Interna de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (28 a 31 de outubro de 2024) | 139.62 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
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