EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
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Tipo: Artigo de Evento
Título: EXPLORANDO AS POTENCIALIDADES DAS FOLHAS DO LÚPULO: CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DAS SUAS BIOATIVIDADES
Autor(es): Ramos, Bruna dos Santos
Neves, Vitoria Santiago
Gonçalves, José Eduardo
Resumo: O lúpulo (Humulus lupulus Linnaeus) é uma planta trepadeira, dioica, perene e com floração anual, originária de países com clima temperado e cultivada em solos férteis. O nome científico da espécie pertence à ordem das Rosales e à família Cannabaceae, havendo três espécies conhecidas do gênero Humulus, que são o H. lupulus, H. japonicus e H. yunnanensis. O primeiro registro histórico encontrada data do Império Romano, entre os anos 23 e 79 DC, mencionado como "os lobos no mato" por Plínio em seu livro, no qual seu sobrinho posteriormente continuou o estudo da planta. O primeiro cultivo de lúpulo ocorreu na região de Hallertau, na Alemanha, em 736 DC, sendo este o primeiro registro encontrado destinado à produção cervejeira. A palnta lúpulo tem despertado interesse devido aos seus potenciais efeitos biológicos. Suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas têm sido destacadas. Essas características promissoras têm impulsionado pesquisas mais detalhadas sobre as possíveis aplicações medicinais e nutricionais do lúpulo. Atualmente H. lupulus é predominantemente cultivado para atender às demandas da indústria cervejeira. A composição da planta é complexa, e pode ser agrupada de acordo com seus metabólitos secundários, tais como resinas totais, polifenóis, óleos essenciais e proteínas. Entre as resinas totais, temos componentes classificados como resinas macias, divididos em α-ácidos (5-13% m/m) e β-ácidos (3-8% m/m). Composto por cinco isômeros, incluindo humulonas (humulona, cohumulona, ad-humulona e análogos), o α-ácido é responsável pelo composto que gera o amargor das cervejas. A intensidade do amargor depende da quantidade de α-ácidos adicionados no lúpulo. Já os β-ácidos têm um valor menor na produção cervejeira, pois apresentam baixa solubilidade em sistemas aquosos. No entanto, possuem componentes com importantes atividades biológicas, como agentes antimicrobianos. As atividades antioxidantes são atribuídas a compostos fenólicos, como flavonoides, flavan-3óis e ácidos fenólicos, conhecidos por suas ações. Assim, o objetivo deste estudo é realizar a extração e caracterização química dos extratos das folhas de lúpulo (H. Columbus e H. Cascade) visando compreender e quantificar os compostos bioativos presentes neste material vegetal, bem modo determinar as atividades antioxidantes destes extratos. Metodologia: As folhas de Lúpulo (H. Columbus e H. Cascade) que serão utilizadas no projeto foram fornecidas pela Profa. Dra. Zilda Cristiani Gazin, das culturas produzidas na fazenda escola da Universidade Paranaense - Unipar, localizada no distrito de Umuarama no interior do Paraná. Após a coleta das folhas de lúpulo (H. Columbus e H. Cascade), as mesmas foram destinadas para o Laboratório Interdisciplinar de Análises Biológicas e Químicas - LIABQ da Universidade Cesumar – Unicesumar. No laboratório as folhas de Lúpulo (H. Columbus e H. Cascade) foram secas em estufa de ar circulante, liofilizadas e armazenadas no congelador até o início das extrações. A extração será realizada pelos processos extração assistida por ultrassom e por micro-ondas, sendo que para cada processo extrativo, será utilizado 2 g de amostra de folha de lúpulo liofilizado e 20 mL de solvente extrator (água, solução etanólica 50%, 70% e 99%). Após o processo de extração os extratos brutos serão rotaevaporizado e liofilizados. Para a análise química, o extrato será ressuspendido em acetato de etila/hexano e analisados por cromatografia em fase gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC-MS). A investigação do potencial antioxidante dos extratos das folhas lúpulo (H. Columbus e H. Cascade) será realizado pelo teste de DPPH, FRAP e ABTS, já a capacidade antimicrobiana será realizada pela determinação da concentração mínima inibitória (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) dos extratos de lúpulo. Resultados Esperados: Através deste estudo, busca-se avaliar a composição química e as substâncias bioativas das folhas de Humulus lupulus cultivado no Brasil, empregando metodologias modernas de extração, como a extração assistida por ultrassom e micro-ondas. Estas técnicas se baseiam em tecnologias limpas e na química verde, visando otimizar a extração dos compostos desejados. Um dos focos será a utilização de solventes menos tóxicos e em menor volume, o que contribuirá para a minimização de resíduos gerados pelo processo. Além disso, o estudo buscará promover o reaproveitamento das folhas do lúpulo para fins antioxidantes e antimicrobianos. Desta forma, as folhas, em vez de serem descartadas, poderão ser direcionadas para aplicações na área da saúde, contribuindo para reduzir os resíduos e fornecendo uma alternativa sustentável para o uso desses recursos vegetais.
Palavras-chave: Humulus lupulus
Análise Química
Análises biológicas ativas
GC-MS
Métodos de extrações modernos
Resíduos
Idioma: por
País: Brasil
Editor: UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição: UNICESUMAR
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11502
Data do documento: 4-Fev-2025
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