EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
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Tipo: Artigo de Evento
Título: EFEITO DE HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES SOBRE A BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO CULTIVADO COM MILHO
Autor(es): De Souza, Fabiana Iurk
Bassi, Matheus Vilela
Souza, Ana Samily de Oliveira
Paccola, Edneia Aparecida de Souza
Gasparotto, Francielli
Resumo: Diversos fatores podem afetar a cultura do milho, dentre esses estão as doenças, os insetos pragas e as plantas daninhas. Dentre as práticas de manejo agrícola, uma das estratégias para controlar plantas daninhas é a aplicação de herbicidas pré-emergentes. Porém, o uso de agroquímicos pode interferir na dinâmica dos microrganismos no solo, e alterar a ciclagem de nutrientes e a degradação de restos culturais. A população microbiana do solo pode ser monitorada por meio de parâmetros como os teores de carbono e nitrogênio, da respiração basal e quociente metabólico do solo. Na literatura, ainda são poucos os trabalhos que relacionem os indicadores microbiológicos de qualidade de solo em áreas cultivadas com milho e o emprego de herbicidas pré-emergentes. Objetivo: Avaliar o efeito do uso de herbicidas pré-emergentes sob a biomassa e a atividade microbiana do solo em área cultivada com milho. Metodologia: O experimento foi conduzido no município de Maringá-PR, na área experimental da Fazenda Escola Unicesumar. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 4 tratamentos e 4 repetições, totalizando 16 parcelas, compostas por seis linhas de milho com 5 metros de comprimentos no espaçamento 0,45 metros entre linhas e 5 plantas por metro. O híbrido utilizado foi o MG408Vip3 e os tratamentos: T1- Controle; T2– Glifosato, 2,0L.ha-1 ; T3- Glifosato + flumioxazim, 2,0+0,1L.ha-1 ; T4- Glifosato + flumioxazim, 2,0+0,12L.ha-1 . As aplicações dos tratamentos foram realizadas com pulverizador costal um dia antes do plantio do milho. Foram realizadas duas coletas de solo, aos 15 e 30 dias após a aplicação dos tratamentos, estas foram coletadas na camada de 0 a 10cm. Em seguida, estas foram levadas ao laboratório de Microbiologia da Unicesumar e avaliadas quanto ao teor de carbono da biomassa microbiana (C-BMS) pelo método de fumigação-extração, e após a extração, a determinação do carbono da biomassa microbiana foi realizado por meio da titulometria. Para determinação da respiração basal (RBS) empregou-se 10g de solo, de cada amostra em duplicata, e 5mL de NaOH 1M. O controle foi obtido através de frascos sem o solo, apenas com o NaOH 1 Mol. As amostras e o controle foram incubados a 25°C, em local isento de luminosidade por um período de 10 dias. Após a incubação, adicionou-se 1mL de cloreto de bário a 10% para precipitação e foi adicionado 2 gotas de fenolftaleína 1% e realizou-se a titulação com HCl a 0,5M. A RBS foi estimada pela fórmula: RBS (mgCdeCO2 kg-1solo.hora-1 ) = {[(Vb-Va). M.6.1000] /Ps} /T, onde: RBS= carbono da respiração basal do solo; Vb(mL) = volume de ácido clorídrico gasto na titulação dos brancos; Va(mL)= volume de ácido clorídrico gasto na titulação das amostras; M= molaridade do ácido clorídrico; Ps(g)= massa de solo seco e T= tempo de incubação das amostras. Já o quociente metabólico das amostras de solo foi determinado pela fórmula: qCO2 (mgC-CO2.g-1BMS-C.h-1 ) = RBS (mgC-CO2.kg-1 solo.h-1 ) / C-BMS (mgC.kg-1 solo).10-3 , onde: qCO2 = Quociente metabólico do solo; RBS = respiração basal do solo e C-BMS = Carbono da biomassa microbiana. Os resultados de cada parâmetro foram submetidos ao teste de homogeneidade e à análise de variância, verificando-se a significância, as médias foram comparadas pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade. Resultados: Tanto na primeira avaliação quanto na segunda avaliação, não se verificou diferenças significativas entre os tratamentos. Os valores médios de C-BMS foram de 918,62; 896,24; 909,83 e 945,42 mg de C-BMS kg-1 solo para T1, T2, T3 e T4 aos 15 dias após a aplicação dos herbicidas e de 439,08; 410,95; 497,99; 409,96 para T1, T2, T3 e T4 aos 30 dias após a aplicação. Quanto a RBS houve diferenças significativas entre os tratamentos na primeira coleta, sendo que verificou-se maior RBS em T1 (sem herbicida) com 0,3655, e 0,19825; 0,12675; 0,13225 mg de C-CO2 kg-1 solo h-1 para T2, T3 e T4. Na segunda coleta, houve uma redução da RBS em todos os tratamentos e não detectou-se mais diferença entre os tratamentos (0,07675; 0,09375; 0,091; 0,0915 mg de C-CO2 kg-1 solo h-1 para T1, T2, T3 e T4). A RBS está relacionada com a decomposição da matéria orgânica e outros resíduos vegetais, e a liberação de CO2 para a atmosfera. A gestão adequada da respiração e da biomassa do solo é fundamental para o sucesso das culturas agrícolas. Quanto ao qCO2 na primeira coleta, T1 diferiu significativamente dos demais tratamentos (T1- 0,7760; T2- 0,2213; T3- 0,1227; T4- 0,1323 mgC-CO2.g-1BMS-C.h-1 ), fato contrário ao esperado, pois, o qCO2 reflete a relação entre a RBS e o C-BMS, em que geralmente, altas taxas são encontradas em ambientes estressantes, onde a biomassa microbiana precisa de mais carbono para sobreviver. Já na segunda coleta não houve diferença entre todos os tratamentos (T1- 0,7471; T2- 0,2380; T3- 0,1849; T4- 0,2598 mgC-CO2.g-1BMS C.h-1 ). Considerações Finais: Nas condições deste experimento, não se observou impacto negativo do emprego em pré-emergência do herbicida glifosato de forma isolada ou associado ao flumioxazim tanto nos teores de C-BMS quanto na RBS ou no qCO2. E diferente do esperado, aos 15 dias a aplicação, verificou-se maior qCO2 no tratamento sem aplicação de herbicidas. Sugere-se que sejam realizadas mais pesquisas com produtos, doses e períodos de coleta diferentes para confirmação dos resultados.
Palavras-chave: Zea mays
Sustentabilidade agrícola
Respiração basal do solo
Idioma: por
País: Brasil
Editor: UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição: UNICESUMAR
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11464
Data do documento: 31-Jan-2025
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