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http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11408
Tipo: | Artigo |
Título: | COMPORTAMENTO ALIMENTAR: INFLUÊNCIA DA SENSIBILIDADE GUSTATIVA À FENILTIOCARBAMIDA E FATORES AMBIENTAIS |
Autor(es): | Kotovei, Milena Ito, Vivian Cristina |
Resumo: | O comportamento alimentar está associado a determinantes socioculturais, físicos e biológicos. Entre os determinantes biológicos, estão os fatores genéticos, como a sensibilidade à feniltiocarbamida (PTC). A PTC é um composto químico encontrado naturalmente em vegetais como brócolis, couve, agrião e couve flor e também na pimenta, chá verde e vinho tinto, o qual desencadeia uma resposta gustativa amarga em alguns indivíduos. Estudos sugerem que pessoas sensíveis ao sabor amargo da PTC apresentam maior risco de desenvolverem doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Além disso, os fatores ambientais (família, amigos, mídia, entre outros) podem influenciar no comportamento alimentar, principalmente em estudos epidemiológicos sobre obesidade. Objetivo: Investigar na literatura científica a influência da sensibilidade gustativa à feniltiocarbamida e os fatores ambientais no comportamento alimentar dos indivíduos, bem como relacionar essa sensibilidade da PTC com as DCNT. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica sobre a influência da sensibilidade gustativa à feniltiocarbamida e fatores ambientais no comportamento alimentar dos indivíduos. Foram utilizadas as bases de dados Science Direct, PubMed e SciELO, sendo selecionados artigos nos idiomas português e inglês, publicados entre os anos de 2011 e 2024. As palavras chaves foram “comportamento alimentar”, “feeding behavior/behaviour”, “feniltiocarbamida”, “phenylthiocarbamide”, “sensibilidade gustativa”, “taste sensitivity” e “doenças crônicas não transmissíveis” “noncommunicable diseases / chronic noncommunicable diseases”. Foram inclusos os trabalhos com acesso livre, todos sendo estudos primários, tais como, estudo transversal, estudo observacional, estudo de caso, séries de caso, ensaios clínicos e ensaios clínicos randomizados. Resultados: A relação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) e a sensibilidade à feniltiocarbamida é uma das vias de estudo presente nos artigos analisados. Um estudo realizado por Gandhi et al., em 2012 investigou a presença da associação entre o IMC e a sensibilidade gustativa à feniltiocarbamida, revelando o risco aumentado de obesidade em indivíduos sensíveis à PTC. Veluswami et al., (2020) também verificou a prevalência de sensibilidade para PTC entre indivíduos com maior IMC em relação aos com IMC eutrófico. Por outro lado, estudos ressaltam que não há diferenças no IMC entre provadores e não provadores. Sabe-se que existe uma ligação entre a sensibilidade à PTC e a aceitação de alimentos amargos. Os mais sensíveis ao sabor amargo, evitam por exemplo, vegetais, os quais são ricos em antioxidantes, vitaminas e sais minerais, e ingerem maior quantidade de alimentos gordurosos e doces, tendo um impacto negativo no estado nutricional. Essa sensibilidade pode afetar o comportamento alimentar das pessoas e, posteriormente, resultar em problemas de saúde pela falta destes. Estudo realizado por Caixeta et al., (2018) mostrou que não houve diferenças significativas entre indivíduos sensíveis e não-sensíveis à PTC com relação às variáveis antropométricas, porém com relação às preferências alimentares os indivíduos sensíveis preferem não consumir mostarda, couve-flor, repolho, espinafre e brócolis, diferente dos não sensíveis. O comportamento alimentar vai sendo moldado ao longo dos anos através das preferências alimentares, experiências positivas e negativas à alimentação, condições genéticas, disponibilidade de alimentos dentro de casa, nível socioeconômico, influência da mídia e pelas necessidades fisiológicas. Na infância são necessárias inúmeras exposições aos novos alimentos, para que a criança se familiarize com os sabores, texturas e sensações, possibilitando uma variedade alimentar. Com isso, observa-se que a exposição aos alimentos ao longo da infância, dependerá da família, pois serão os mesmos alimentos que compõem suas refeições e hábitos alimentares. As crianças aprendem observando as atitudes das pessoas ao seu redor, normalmente, os pais e/ou irmãos. Portanto, é provável que as crianças queiram consumir os mesmos alimentos que os veem ingerir, demonstrando que escolhas alimentares inadequadas dos familiares influenciarão a criança a fazer escolhas igualmente inadequadas. Assim como na família, há uma grande tendência da criança em repetir o comportamento de professores e outras crianças em ambiente escolar posteriormente. Além disso, a mídia e propagandas também atuam como fatores influenciáveis na formação do comportamento alimentar, fortalecendo principalmente o consumo de industrializados. Considerações Finais: Embora alguns estudos indiquem uma associação entre a sensibilidade gustativa à feniltiocarbamida e maior IMC, outros não encontram diferenças significativas. Porém, é necessário considerar que a sensibilidade à PTC pode influenciar a aceitação de alimentos amargos e, consequentemente, impactar o comportamento alimentar e o estado nutricional dos indivíduos e possíveis DCNT, como a obesidade. O desenvolvimento das preferências alimentares é também influenciado por uma variedade de fatores, incluindo exposições na infância, ambiente familiar, escolar, e a influência da mídia, como evidenciado nos estudos acima. |
Palavras-chave: | Feniltioureia Obesidade Paladar Preferências alimentares |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | UNIVERSIDADE CESUMAR |
Sigla da Instituição: | UNICESUMAR |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11408 |
Data do documento: | 30-Jan-2025 |
Aparece nas coleções: | XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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904876.pdf | Trabalho apresentado na XII Mostra Interna de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (28 a 31 de outubro de 2024) | 147.34 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
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