Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11403
Tipo: | Artigo de Evento |
Título: | CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA INFANTOJUVENIL PARA O EMPODERAMENTO DAS MENINAS E ENFRENTAMENTO DAS VIOLÊNCIAS DE GÊNERO |
Autor(es): | Grigório, Camille Cristine Silva Toledo, Priscila Laissa Da Silva, Tania Maria Gomes |
Resumo: | Nas sociedades patriarcais, a superioridade masculina é naturalizada. Os meninos são tidos como corajosos, inteligentes e capazes, enquanto as meninas são tidas como frágeis, sensíveis e medrosas. A literatura infantil, que tem em sua maioria autores masculinos e protagonistas do mesmo gênero, reproduz estes estereótipos. Nos livros didáticos, notadamente da disciplina história, as mulheres são invisibilizadas, retratadas com um papel secundário, e somente após anos da sua existência e contribuição na sociedade essas mulheres estão recebendo algum crédito. O mundo parece feito de muitos heróis e poucas heroínas. Objetivo: A desvalorização do sujeito feminino é uma violência simbólica que gera baixa autoestima, podendo ser causadora de tristeza e patologias diversas, a exemplo de depressão. Valer-se da literatura infanto-juvenil para incentivar o empoderamento feminino é uma ferramenta de promoção da saúde, atendendo também às prerrogativas da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável (ODS 5). Metodologia: Trata-se de estudo exploratório, descritivo e de abordagem qualitativa, acompanhado pela orientadora que é doutora em estudos de gênero, envolvendo meninas de 6 a 14 anos, procedentes majoritariamente nas camadas populares que frequentam um projeto social da Comunidade Social Cristã Beneficente, entidade filantrópica, sediada em Mandaguari-PR, aprovado pelo CEP com parecer 6.693.525 e aprovado pelos pais e responsáveis. São realizados encontros semanais para leitura e discussão dos textos da literatura na perspectiva feminista e roda de conversa quinzenal para abordagem sobre o papel das mulheres na história do Brasil e do mundo, bem como sobre direitos humanos das meninas e ao final dos encontros será aplicado um questionário simplificado contendo perguntas fáceis e objetivas sobre o papel da mulher na história. Os dados serão analisados na perspectiva da análise de conteúdo. Resultados: Até o momento foram apresentadas as histórias de vida de: Nise da Silveira, uma das primeiras mulheres brasileiras a se formar em medicina, se graduando em uma turma composta unicamente por homens e revolucionando o tratamento mental no Brasil; Laudelina de Melo, brasileira, negra, filha de escravos, mas que fundou o primeiro sindicato das empregadas domésticas e garantiu os direitos trabalhistas dessa profissão; Maria Quitéria, que lutou, disfarçada de homem, na independência do Brasil, cujas contribuições foram homenageadas por Dom Pedro, o Exército Brasileiro e seu nome escrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria; Carolina Maria De Jesus, escritora, compositora, com seu livro tendo milhões de cópias e sendo traduzido pra vários países; Temple Grandin, autista, formada em psicologia, zootecnia, que revolucionou o tratamento animal em abatedouros; Maria Felipa de Oliveira, mais uma heroína nacional, lutou pela independência da Bahia; Hipólita Jacinta de Melo, lutando ao lado de Tiradentes, sendo um dos personagens mais importantes desse movimento; Madalena Caramuru, Adelaide Herrmann, Daniela Soto Innes, Daniela Schiller e Valerie Thomas. Elas se destacaram na área da saúde, da arte, da gastronomia, da política, da escrita, dentre outros, lutando pelos direitos das mulheres subalternizadas pela sociedade em diferentes épocas. A maioria destas mulheres é desconhecida e seus feitos seguem desvalorizados. Com o presente projeto busca-se ampliar o olhar das meninas para as possibilidades que o futuro tem a oferecer a cada uma delas. A princípio, observou-se desconhecimento das integrantes do estudo quanto às figuras femininas. Quando questionadas a respeito de mulheres que se destacaram na história, as respostas em sua maioria se resumiram a “não conheço” e “não sei”. Uma das integrantes, no entanto, mencionou Nossa Senhora Aparecida como sendo um exemplo de mulher potente e valorosa, evidenciando como a religião interfere na construção da identidade das meninas. Considerações Finais: No início das atividades as participantes demonstravam validar o universo feminino tradicional, com forte influência das representações das famílias, da igreja e da escola, mas à medida que foram conhecendo experiências de mulheres que não se submeteram aos imperativos do patriarcado, demonstraram o desejo de aventurar-se por caminhos menos tradicionais e limitantes como os que usualmente lhes são apresentados. Neste aspecto, considera-se que o presente projeto contribui para o empoderamento das meninas e a equidade de gênero. |
Palavras-chave: | Direitos Humanos Literatura infantojuvenil Promoção da saúde Representatividade feminina |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | UNIVERSIDADE CESUMAR |
Sigla da Instituição: | UNICESUMAR |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11403 |
Data do documento: | 30-Jan-2025 |
Aparece nas coleções: | XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
907112.pdf | Trabalho apresentado na XII Mostra Interna de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (28 a 31 de outubro de 2024) | 127.09 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.