EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Tipo:	Artigo de Evento
Título:	AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO PREBIÓTICO E ANTIBIÓTICO DO MEL DE ABELHAS SEM FERRÃO
Autor(es):	Gomes, Natalya Picheictt Carvalho Olchanheski, Luiz Ricardo
Resumo:	O uso inadequado de antimicrobianos é um dos principais fatores que contribuem para a seleção de bactérias multirresistentes. Mesmo que os antimicrobianos constituam uma das bases essenciais da medicina, seu uso frequente e prolongado tem levado a altas taxas de seleção bacteriana, tornando os fármacos ineficientes contra alguns patógenos. Por outro lado, a produção de novos fármacos pode levar alguns anos, o que torna essa produção desafiadora e dependente de grande aporte financeiro. Os probióticos são categorizados como microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde quando consumidos em quantidades apropriadas. Já os prebióticos são compostos químicos, que modificam o balanço do microbioma intestinal, estimulando o crescimento e a atividade dos organismos benéficos, além de reduzir inflamação na parede do intestino. Os méis de abelhas sem ferrão possuem grande potencial como prebióticos para uso humano e animal e como culturas iniciadoras de fermentação. O mel possui alta atividade antimicrobiana que geralmente está relacionada a fatores físicos como osmolaridade, produtos químicos, e a presença de compostos voláteis e peróxido de hidrogênio. Os compostos fenólicos presentes na substância são uma barreira natural ao desenvolvimento de microrganismos no mel devido às suas características oxidantes. Objetivo: O objetivo do presente estudo é verificar o potencial antibacteriano de méis de abelha sem ferrão frente a cepas bacterianas de importância clínica, bem como verificar o potencial prebiótico do mel frente a bactérias do gênero Lactobacillus e Bifidobacterium. Metodologia: As linhagens bacterianas utilizadas nesta pesquisa foram cepas ATCC (Staphylococcus aureus ATCC 25923, Escherichia coli ATCC 25922 e Enterococcus faecalis ATCC 29212, Pseudomonas aeroginosa ATCC 27853, Salmonella enteritidis ATCC 13076 e Shigella sonnei ATCC 25931), bem como cepas obtidas a partir de amostras clínicas, disponibilizadas pelo laboratório Oscar Pereira (Ponta Grossa- PR). Adicionalmente, foram utilizadas cepas bacterianas probióticas, a fim de verificar o potencial prebiótico das amostras de mel, sendo utilizadas as bactérias Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei, Bidifobacterium bifidum e Bidifobacterium longum disponibilizadas pelo laboratório de Ecologia Bacterina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), sob responsabilidade do Prof. Dr. Marcos Pileggi e Prof. Dr. Luiz Ricardo Olchanheski. O mel utilizado na pesquisa foi obtido do meliponário localizado na UEPG, sob responsabilidade da Prof. Dra. Maria Marta Loddi, sendo utilizado o mel das abelhas Tetragoisca angustula e Melipona quadrifasciata. Para a determinação do potencial antibacteriano do mel das abelhas sem ferrão, inicialmente as cepas ATCC e as obtidas de isolados clínicos foram crescidas em ágar BHI, durante 24 horas a 37°C. Posteriormente, as amostras bacterianas foram ressuspendidas em solução salina estéril (NaCl 0,9%) até a turbidez equivalente ao tubo 0,5 da Estala de McFarland, e foram inoculados em Ágar Muller-Hinton com o auxílio de swab estéril. As amostras e mel foram colocadas em poços produzidos no meio de cultura, sendo adicionados 50 µL de cada mel. As placas foram estocadas a 37°C durante 24 horas. A verificação do potencial antibacteriano foi verificada pela formação de halos de inibição, sendo registrado a medida do halo descontado a medida do diâmetro do poço. A verificação da atividade prebiótica foi verificada em meio de cultura líquido MRS. Inicialmente as cepas probióticas foram crescidas em ágar MSR, durante 24 horas a 37°C. As cepas bacterianas foram ressuspendidas em solução salina estéril (NaCl 0,9%) até a turbidez equivalente ao tubo 0,5 da Estala de McFarland, e 100 µL forram inoculados em 12 frascos de 250 mL com 50 mL de caldo MRS. Destes, três frascos foram caracterizados como controle positivo, sem a adição de mel, três foram acrescidos com 5 mL do mel de Tetragoisca angustula, três com 5 mL do mel de Melipona quadrifasciata, e três com 5 mL de Tetragoisca angustula e 5 mL Melipona quadrifasciata. Os cultivos foram incubados durante 24 horas a 37°C à 200 rpm. As leituras de crescimento foram realizadas em espectrofotômetro a 600 nm. Os resultados fooram expressos pelas médias dos ensaios, e as análises estatísticas de Tukey e Duncan serão realizadas utilizado o programa R versão 4.3.3. Resultados Esperados: Até o momento, foi possível verificar o crescimento bacteriano dos probióticos sem a presença de interferentes (sem a adição das amostras de mel). Foi possível verificar um crescimento eficiente das cepas bacterianas probióticas em Caldo MRS sob as condições de cultivo impostas, com média de crescimento de 2,065 ± 0,145 à 600 nm em espectrofotômetro, sendo possível a comparação com os ensaios na presença das amostras de mel, que serão realizadas em seguida. Com esse projeto, espera-se verificar a capacidade dos probióticos na produção de metabólitos secundários com propriedades antimicrobianas frente as cepas de bactérias patogênicas, podendo os resultados serem utilizados como tratamento alternativo ou prevenção contra doenças bacterianas a partir do uso de componentes isolados do mel.
Palavras-chave:	Antimicrobianos Probióticos Abelhas nativas Bactérias multirresistentes
Idioma:	por
País:	Brasil
Editor:	UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição:	UNICESUMAR
Tipo de Acesso:	Acesso Aberto
URI:	http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11358
Data do documento:	29-Jan-2025
Aparece nas coleções:	XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

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