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http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11351
Tipo: | Artigo de Evento |
Título: | AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE INTERNAÇÕES E MORTALIDADE POR ANTROPOZOONOSES EM MATO GROSSO DO SUL |
Autor(es): | Freitas, José Ernesto Gutierrez Vargas Dos Anjos, Luana França Lopes, Aline |
Resumo: | Antropozoonoses são entidades nosológicas que possuem característica de transmissibilidade entre animais e seres humanos. São prevalentes em regiões de grande biodiversidade, e consequências da relação do homem com o meio ambiente. Em razão da singularidade geográfica e social do estado do Mato Grosso do Sul, as antropozoonoses possuem grande importância no cenário de vigilância em saúde e a constante observação e registro de sua notificação é essencial para a base teórica de políticas públicas e norteador do processo de trabalho do profissional em saúde. Objetivo: Avaliar a distribuição das taxas de internação e mortalidade por zoonoses em locais endêmicos no Mato Grosso do Sul, a partir da coleta de dados do DATASUS e elencar os municípios de maior prevalência no estado. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo de análise de dados secundários ao domínio público entre os anos de 2012 e 2022. Norteando-se pelos boletins epidemiológicos emitidos continuamente pela Vigilância em Saúde, órgão subordinado à Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Mato Grosso do Sul, escolheu-se as seguintes antropozoonoses de relevância no território: zika, dengue, febre Chikungunya e leishmaniose visceral. Para a obtenção dados do período de 2012 a 2022 referente à internação, mortalidade e variáveis socioeconômicas, as plataformas SIH/SUS e DATASUS foram utilizadas, elencando dados gerais do estado bem como dados específicos de seus municípios. Finalizando-se com a análise estatística descritiva através da plataforma Excel 2019. Resultados: A febre Chikungunya, assim como o zika vírus, foram as zoonoses que não se obtiveram informações acerca das internações, mas apenas das notificações. Observou-se que, no período entre 2017-2022 houve 7.410 notificações e destas apenas 1 evoluiu a óbito pelo agravo notificado, decorrido em Campo Grande. Os municípios menos acometidos foram Alcinópolis, Bodoquena, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo e Sete Quedas. Campo Grande, Chapadão do Sul e Nioaque são os municípios que mais notificaram o agravo. Mais da metade das notificações ignoraram a informação da escolaridade e, dentre as informações obtidas, foram mais acometidos indivíduos com ensino médio completo (854) e aqueles com 5° a 8° série do ensino fundamental incompleto (666). Brancos e pardos foram a maioria dos atingidos, 3.380 e 2.913 notificações, respectivamente, e o único óbito pelo agravo foi de um indivíduo pardo. As mulheres foram mais acometidas, representando 4.200 nas notificações e os homens 3.202, inclusive o óbito em decorrência da patologia, os demais foram ignorados ou em branco. O zika vírus, no período entre 2016-2022 teve 7319 notificações e nenhum óbito pelo agravo. Os municípios com menos notificações foram Angélica, Douradina, Jaraguari, Novo Horizonte do Sul, Paraíso das Águas e Taquarussu. Campo Grande representou a maioria dos casos. Novamente a escolaridade foi majoritariamente ignorada (3.048) e foram mais atingidas pessoas com 5° a 8° série do ensino fundamental incompleto (775) e com ensino médio completo (923). Brancos (3.289) e pardos (2.666) foram mais acometidos. Mulheres representaram mais da metade dos casos notificados, 4.974. A leishmaniose visceral, no período entre 2012-2022 totalizou 882 internações, sendo que destas 53 vieram a óbito. Pardos representaram mais da metade das internações, bem como dos óbitos. De acordo com o sexo, foram 34 óbitos entre os homens e 19 entre as mulheres, sendo que os homens também foram mais internados. Dados sobre a escolaridade não estavam disponíveis. Os municípios com menos internações foram Anastácio, Aparecida do Taboado, Bela Vista, Bodoquena, Caracol, Guia Lopes da Laguna, Miranda e Sonora. Os óbitos foram observados nos municípios de Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Paranaíba e Três Lagoas. Considerações Finais: Observou-se a necessidade de dados associativos no contexto de arbovirose, emergindo dúvidas a respeito da efetividade da diferenciação de sorologias positivas delas. Além disso, o caráter geográfico foi determinante nos municípios interioranos, de maneira a ser discutida a homogeneidade de políticas públicas de vigilância epidemiológica no território estadual. Podemos elencar a notificação elevada de óbitos em centros urbanos e, a partir disso, entender de que maneira está sendo realizado o fluxo de pacientes e suas complicações, sendo necessária a observação in loco da efetividade da atenção em saúde primária nos interiores de maneira a não sobrecarregar as redes de atenção em saúde secundárias e terciárias. Conclui-se que a notificação compulsória de arboviroses deve ser assertiva no contexto de vigilância, relacionando com as singularidades locais. |
Palavras-chave: | Antropozoonoses Vigilância Epidemiologia |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | UNIVERSIDADE CESUMAR |
Sigla da Instituição: | UNICESUMAR |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11351 |
Data do documento: | 29-Jan-2025 |
Aparece nas coleções: | XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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907403.pdf | Trabalho apresentado na XII Mostra Interna de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (28 a 31 de outubro de 2024) | 71.58 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
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