EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Tipo:	Artigo de Evento
Título:	AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Leishmania infantum.
Autor(es):	Winther, Anna Clara Oliveira Da Silva, Lucas Nunes Campos, Monique Paiva
Resumo:	A leishmaniose visceral tem distribuição mundial, ocorrendo na Ásia, na Europa, no Oriente Médio, na África e nas Américas. Nas Américas é conhecida como leishmaniose visceral americana (LVA), ela já foi descrita em mais de 12 países, sendo que 90% dos casos ocorreram no Brasil. Inicialmente, os casos de leishmaniose visceral estavam concentrados em regiões rurais. No entanto, atualmente, a doença se expandiu para áreas urbanas. No Brasil, a leishmaniose visceral é uma doença negligenciada, caracterizada pela falta de investimentos e pesquisas adequadas. A leishmaniose visceral é uma doença zoonótica, infecciosa, de desenvolvimento crônico e multissistêmica. É causada pelo protozoário intracelular obrigatório das células do Sistema Mononuclear Fagocitário (SMF), Leishmania infantum, e transmitida pela fêmea do flebotomíneo infectada, sendo a Lutzomyia longipalpis o transmissor mais importante. O agente etiológico se apresenta de duas formas, promastigota no vetor e amastigota no hospedeiro vertebrado, sendo os canídeos silvestres e domésticos os principais reservatórios. Os sinais clínicos podem surgir em meses ou anos após a inoculação, e o cão também pode apresentar uma infecção subclínica. Os principais sinais clínicos incluem lesões cutâneas, linfadenomegalia, perda de peso progressiva, atrofia muscular, intolerância ao exercício, diminuição do apetite, letargia, esplenomegalia, hepatomegalia, poliúria e polidipsia, lesões oculares, epistaxe, onicogrifose, claudicação, vômitos e diarreia. No entanto, por se tratar de uma doença sistemática, o parasita pode afetar outros órgãos, como o coração e os rins. Dada a prevalência crescente de leishmaniose visceral canina no Brasil, a falta de tratamento e o escasso conhecimento sobre a doença evidenciam a necessidade de medidas integradas para auxiliar na saúde única. Objetivo: Investigar e estabelecer as análises hematológicas e bioquímicas cardíacas, hepáticas e renais em cães infectados com Leishmania infantum, comparando os valores com a gravidade da lesão dos órgãos alvos e discutir as alterações clínicas com os resultados obtidos a fim de buscar um melhor diagnóstico, estadiamento, prognóstico e tratamento da leishmaniose visceral canina. Metodologia: O estudo longitudinal será realizado com uma amostra de 15 animais, sem restrição de sexo, raça ou idade. Todos os cães passarão por consulta padronizada com anamnese geral, exame físico e coletas de amostras. As amostras de pele, linfonodo e medula serão destinados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o diagnóstico de PCR e cultura parasitológica. As amostras de sangue serão enviadas para análise de hemograma na clínica escola Unicesumar, enquanto os testes bioquímicos serão realizados por laboratório terceirizado. Serão analisados os seguintes marcadores hepáticos: albumina, alanina aminotransferase e fosfatase alcalina; renal: creatinina e ureia; cardíaco: creatina- quinase MB e desidrogenase lática. Os animais serão monitorados mensalmente ao longo dos seis meses de duração do estudo (julho a dezembro de 2024), para verificação da doença e alterações nos exames sanguíneos. Após isso, os resultados serão inseridos em uma planilha utilizando o software Excel, comparados e interpretados os dados obtidos nos exames hematológicos e bioquímicos para considerar sua relação com a infecção por Leishmania infantum, suas implicações clínicas e o estadiamento da doença. As coletas foram aprovadas no CEUA protocolo sob nº 202/2024. Resultados Esperados: Espera-se encontrar uma correlação direta entre a gravidade das alterações nos exames e o estágio da infecção. Dessa forma, os cães com infecção mais grave teriam mais alterações nos marcadores hematológicos e nos marcadores bioquímicos. Sendo assim, é possível que cães já no estágio mais avançado de infecção apresentem anemia severa, elevação acentuada das enzimas hepáticas e de marcadores renais, bem como um aumento significativo das enzimas cardíacas. Espera-se também, que animais tratados venham a estabilizar os resultados obtidos nas análises hematológicas e bioquímicas. Espera se que as análises obtidas possam auxiliar no diagnóstico e prognóstico do paciente infectado. Portanto, os resultados obtidos e suas relações com a gravidade da doença poderão levar a futuros estudos e intervenções clínicas, contribuindo para o avanço do conhecimento a respeito da leishmaniose visceral canina, bem como seu manejo.
Palavras-chave:	Zoonose Diagnóstico Análises hematológicas Análises bioquímicas Leishmaniose visceral canina
Idioma:	por
País:	Brasil
Editor:	UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição:	UNICESUMAR
Tipo de Acesso:	Acesso Aberto
URI:	http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11349
Data do documento:	28-Jan-2025
Aparece nas coleções:	XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.