EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Tipo:	Artigo de Evento
Título:	ANÁLISE ESPAÇO TEMPORAL DA MORBIMORTALIDADE POR TUBERCULOSE EM INDÍGENAS NO MATO GROSSO DO SUL, 2018 A 2022.
Autor(es):	Viscardi, Gabriely Rocha Panovitch, Cassiano de Jesus Da Silva, Rosemarie Dias Fernandes
Resumo:	A tuberculose é uma das doenças infecciosas mais antigas do mundo, evidências de sua existência datam desde a pré-história, como os encontrados em ossos datados de 8.000 anos A.C. na Alemanha. Na antiguidade, a doença era vista como castigo, tal conceito foi desmistificado por Hipócrates, na Grécia em XXX AC. que associou a doença a algo natural e a nomeou de Tísica. Apesar de antiga, apenas em 1882 o bacteriologista alemão Robert Koch em Berlim, Prússia, identificou o bacilo causador da doença batizando-o com seu sobrenome. A partir disso, diversos estudos surgiram a fim de identificar a tuberculose como uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis sendo considerado ainda um grave problema de saúde pública global. No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose, sendo ela responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. No Brasil, em 2023 ocorreram mais de 80 mil novos casos e mais de 5.800 óbitos, sendo o único país das Américas presente em 2 listas de países prioritários para a Organização Mundial de Saúde, em relação à doença. É pertinente destacar que a tuberculose está intimamente relacionada com a pobreza, exclusão social, condições de vida do indivíduo e o meio em que está inserido. Assim, alguns grupos populacionais estão mais vulneráveis, como a população indígena, que apresenta risco de adoecimento por tuberculose 3 vezes maior do que a população em geral. No Brasil a população indígena é composta por 1.227.642 pessoas autodeclaradas de acordo com o Censo e representam, em média, 50% dos óbitos por tuberculose no Brasil nos anos de 2018 a 2022, sendo o Mato Grosso do Sul o Estado mais incidente tendo a terceira maior população indígena do país justificando este estudo. Objetivo: Realizar a análise espaço-temporal da morbimortalidade por tuberculose em indígenas no Mato Grosso do Sul, 2018 a 2022 e compará-las às nacionais. Calcular as taxas de incidência, mortalidade e letalidade da tuberculose na população indígena no Mato Grosso do Sul traçando um perfil epidemiológico da doença levando em consideração fatores sociais e fisiológicos que possam influenciar na incidência da doença e no seu agravo. Metodologia: Tratou-se de um estudo ecológico, analítico, de abordagem quantitativa, realizado no estado do Mato Grosso do Sul no período de 2018 a 2022. O período escolhido se justifica pela lacuna de estudos a respeito deste tema nestes anos. Os dados para o cálculo das taxas de incidência, letalidade e mortalidade por tuberculose na população indígena estão disponíveis na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde. Ainda com os dados disponíveis no banco de dados acima citados será realizado o perfil epidemiológico da doença na população indígena no mesmo local e período com as seguintes variáveis: idade, sexo, escolaridade, tipo de entrada, aids, HIV, diabetes, alcoolismo, drogas ilícitas e doença mental. Após a coleta os dados serão analisados e tabulados em planilha eletrônica Microsoft Office Excel, que darão origem à tabelas, mapas e gráficos. O estudo será desenvolvido em consonância com as diretrizes disciplinadas das Resoluções 466/12 e 510/16 do Conselho Nacional de Saúde referentes à pesquisa com seres humanos, mas por se tratar de uma pesquisa com dados secundários livres há dispensa da aprovação do Comitê Permanente de Ética em Pesquisa. Resultados Esperados: Espera-se com esse estudo evidenciar as taxas de morbimortalidade de tuberculose em indígenas no estado de Mato Grosso do Sul, estado que possui a terceira maior população indígena do país, no período de 2018 a 2022, e compará-las às taxas nacionais, a fim de demonstrar que, possivelmente, devido alta vulnerabilidade dessa população, a mesma se encontra mais suscetível ao adoecimento e decesso por essa infecção, uma vez que, através da observação do número de convalescentes poderemos sugerir que boa parte dos infectados evoluem para óbito validando a hipótese de um tratamento pouco efetivo, de baixa adesão e de difícil acesso. Além disso, espera-se analisar e tabular os dados da doença nessa população, levando em consideração fatores como: idade, sexo, escolaridade, tipo de entrada, aids, HIV, diabetes, alcoolismo, drogas ilícitas e doença mental, a fim de traçar um perfil epidemiológico da patologia dando origem à tabelas, mapas e gráficos que colaborem para identificar e avaliar a forma como essa doença afeta esses povos, sua tendência ao longo do tempo e possíveis fatores de risco associados, auxiliando na prevenção e controle da disseminação da doença nesta etnia tão vulnerável. Ademais, este estudo visa colaborar com as estratégias pelo fim da tuberculose estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde para a redução do coeficiente de incidência de tuberculose para menos de 10 casos por 100 mil habitantes o que representaria o fim da tuberculose como problema de saúde pública e o marco de uma nova etapa no cenário de eliminação da doença focando na prevenção e cuidado integrado para diagnosticar e tratar todas as formas da doença principalmente em populações vulneráveis e contribuir para a elaboração de Políticas Públicas específicas com vistas a diminuir seu estado de vulnerabilidade, e também as iniquidades em saúde resultando na diminuição de óbitos e adoecimentos por esta enfermidade dentro desta comunidade.
Palavras-chave:	Tuberculose Saúde indigena Vulnerabilidade em Saúde
Idioma:	por
País:	Brasil
Editor:	UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição:	UNICESUMAR
Tipo de Acesso:	Acesso Aberto
URI:	http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11322
Data do documento:	28-Jan-2025
Aparece nas coleções:	XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

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