EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11303
Tipo: Artigo de Evento
Título: ANÁLISE CRÍTICA DA LITERATURA SOBRE A INTERSECÇÃO ENTRE A PUBERDADE E DIRETRIZES PARA INÍCIO DA VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)
Autor(es): Almeida, Hosana de Araújo
Missioneiro, Carlos Henrique Pinto
De Oliveira, Simone Martins
Fregonezi, Thuanny Wickert
Resumo: A Junção Escamo-Colunar (JEC) é uma região específica presente no colo uterino onde ocorre a transição entre o epitélio colunar simples, caracterizado por uma única camada de células de formato colunar, e o epitélio pavimentoso estratificado, identificado por células achatadas com número variado de camadas. Durante a puberdade feminina, a JEC se exterioriza, tornando-se visível e acessível para exames, com destaque especial para a citologia oncótica. Esta área tem grande importância clínica para a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), visto que, o HPV insere seu material genético na forma de epissomo (DNA circular) nas células basais da JEC com risco elevado de neoplasias cervicais associadas a subtipos virais. No Brasil, a vacinação contra o HPV, iniciada em 2014, visa prevenir essas infecções e reduzir a incidência de câncer cervical, especialmente com a tendência crescente de puberdade precoce. Disponível gratuitamente e em dose única (quadrivalente), está incluída no Plano Nacional de Imunização, a vacina tende abranger a faixa etária dos 9 aos 14 anos, tanto em meninas quanto em meninos. Além disso, a vacina nonavalente contra o HPV já está disponível na rede particular. Homens e mulheres com idades entre 9 e 45 anos podem receber a vacina nonavalente contra o HPV sem necessidade de prescrição médica. Para indivíduos fora dessa faixa etária, a administração da vacina requer a apresentação de uma receita médica. Objetivo: Examinar o acervo de conhecimento presente na literatura acerca da aplicação da vacina contra o HPV, a configuração histológica da zona de transição e a progressão do câncer cervical. Metodologia: Este estudo utilizou uma abordagem de revisão bibliográfica, analisando artigos científicos e capítulos de livros em relação à área estudada. A análise incluiu a revisão de publicações dos últimos cinco anos para destacar os avanços mais recentes e significativos na área. Resultados: A discussão dos artigos revisados destaca a importância crucial da vacinação contra o HPV na prevenção do câncer cervical. A evidência acumulada demonstra que aumentar a cobertura vacinal é essencial para reduzir a incidência de câncer cervical e suas complicações. A vacina, quando aplicada no período estipulado, estimula a resposta imunológica e é uma das intervenções mais custo-efetivas globalmente, minimizando surtos e a carga nos serviços de saúde. Embora a vacinação tenha levado a uma diminuição significativa do câncer cervical, especialmente em países desenvolvidos, a adesão global ainda enfrenta desafios. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu metas ambiciosas para vacinar 90% das meninas entre 9 e 14 anos até 2030, e expandir a cobertura para meninos e indivíduos com condições de saúde específicas. Entretanto, muitos países ainda lutam para atingir essas metas devido a problemas como falta de informações claras e resistência a vacinas. Estudos revelam que a vacinação é mais eficaz quando iniciada na adolescência, antes do início da atividade sexual, visto que nessa idade tem-se a exteriorização da JEC, visto que, quando esse fenômeno ocorrer e a menina estiver mais exposta à infecção, já haverá anticorpos circulantes para protegê-la. As vacinas bivalentes e quadrivalente protegem contra os principais tipos do HPV, o subtipo 16 e o 18, sendo a administração recomendada entre 9 e 14 anos. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações incorporou a vacina em 2014, porém, a cobertura vacinal varia significativamente entre os estados e foi impactada negativamente pela pandemia de COVID-19. Apesar da eficácia comprovada, os desafios persistem, incluindo a falta de conscientização e informações, bem como preocupações com reações adversas amplificadas por desinformação. A vacina é uma ferramenta complementar essencial, especialmente quando métodos de barreira e programas de rastreio não conseguem garantir cobertura completa. A erradicação do câncer cervical depende, portanto, de um esforço contínuo para melhorar a adesão à vacinação e enfrentar os obstáculos globais à sua implementação. Considerações Finais: A integração das evidências científicas sobre o momento da vacinação e a configuração histológica da JEC é crucial para estratégias de prevenção eficazes contra o câncer cervical. A administração da vacina na adolescência é a abordagem mais eficaz para garantir uma resposta imunológica adequada e proteger a JEC, reduzindo a incidência de câncer cervical e suas complicações. As políticas de saúde pública devem continuar a enfatizar a importância da vacinação precoce para alcançar a erradicação desse câncer e promover a saúde global.
Palavras-chave: Papilomavírus
Câncer de Colo de Útero
Vacina
Idioma: por
País: Brasil
Editor: UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição: UNICESUMAR
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11303
Data do documento: 27-Jan-2025
Aparece nas coleções:XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
907311.pdfTrabalho apresentado na XII Mostra Interna de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (28 a 31 de outubro de 2024)70.24 kBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.