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http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11289
Tipo: | Artigo de Evento |
Título: | ACESSO À SERVIÇOS DE SAÚDE PELA POPULAÇÃO INDÍGENA DE ETNIA KAINGANG |
Autor(es): | Ito, Adriano Gregório Queiroz Mainardes, Sandra Cristina Catelan Kamei, Marcia Cristina De Souza Lara |
Resumo: | De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), datado de 2010, no Brasil consta-se 817 mil pessoas autodeclaradas indígenas; dentro dessa população, 25.915 residem no estado do Paraná. Os Kaingang representam 4,6% dos índios na região Sul, sendo que 69% vivem no estado do Paraná e, destes, a maioria é assistida pela Associação Indigenista (ASSINDI) e pela Casa do Índio, ambas na cidade de Maringá – Paraná (ASSINDI; IBGE 2012). Entre os grupos indígenas presentes na ASSINDI, encontram se grupos de artesão originários da Terra indígena Ivaí, os quais não possuem moradia fixa em Maringá, e são assistidos pela associação, proporcionando condições mais dignas aos indígenas artesãos em situação de vulnerabilidade social, através da assistência com moradia temporária, alimentação e assistência à saúde. (ASSINDI, 2023). Ainda, há os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), que são um subsistema específico para atenção à saúde indígena. No Paraná, há 67 aldeias, distribuídas entre 30 municípios e em 13 Regionais de Saúde. A assistência para a porção da população que reside em centros urbanos é de responsabilidade das equipes de atenção primária locais, enquanto aos aldeados o acesso à saúde é resguardado pelo SESAI. O SESAI é formado por mais de 22 mil profissionais de saúde, sendo 52% de etnia indígena, promovendo “atenção primária à saúde e ações de saneamento, de maneira participativa e diferenciada, respeitando as especificidades epidemiológicas e socioculturais destes povos.” (SESAI, 2023). Porém, sua organização é baseada apenas na atenção primária (AP), o que dificulta o atendimento dos casos de média e alta complexidade dessa população. Essa problemática organizacional em relação ao SUS, assim como a falta de profissionais da saúde capacitados para trabalhar com a condição intercultural, contribuem negativamente na efetiva assistência à saúde dessa população; ainda, considerando o meio de moradia de parte desses, caracterizado pelo caráter itinerante da profissão de artesão, configura-se um declive na qualidade e continuidade dos atendimentos, indo contra os critérios que regem os direitos universais à saúde. No entanto, poucas são as pesquisas envolvendo esse grupo, o qual se encontra em situação de vulnerabilidade. Dessa forma, tendo enfoque o contexto complicador do pleno acesso à saúde para a população indígena, faz-se necessário entender a estruturação e dificuldades presentes no acesso à saúde dos grupos indígenas, frequentadores da Associação Indigenista de Maringá (ASSINDI), relacionando ainda com a satisfação dos usuários quanto aos serviços prestados. Com esses dados será possível compreender o contexto e intervir de modo eficaz, junto com os profissionais do serviço. Objetivo: Investigar o acesso à serviços de saúde pela população indígena kaingang frequentadora da Associação Indigenista de Maringá (ASSINDI), avaliando a acessibilidade de utilização dos serviços de saúde e identificando os principais desafios de acesso enfrentados pela população local. Metodologia: O presente trabalho trata-se de um estudo quantitativo, do tipo exploratório e descritivo, voltado para o levantamento de dados, sendo esses primários através da utilização de questionário semiestruturado. Os estudos descritivos possuem a capacidade de retratar e apreender, com suas especificidades, situações diferentes e complexas. A população alvo será a comunidade indígena frequentadora dos lares temporários Associação Indigenista de Maringá (ASSINDI) em Maringá - PR, de ambos os sexos e com idade entre 18 e 80 anos. Apenas será aplicado o questionário e coletado informações daqueles que concordarem e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As avaliações da qualidade do atendimento médico e da preparação dos profissionais de saúde serão submetidas a análises comparativas. Isso incluirá a aplicação de testes de significância estatística para identificar possíveis correlações entre a qualidade do atendimento e variáveis como a etnia indígena ou a situação de vulnerabilidade social. Ao longo de toda a análise, a perspectiva intercultural será considerada, reconhecendo a diversidade étnica e cultural da população indígena. A triangulação de dados, combinando informações demográficas, de acesso e qualidade dos serviços, possibilitará uma interpretação holística, considerando a complexidade do contexto e das condições de vida não fixa dos artesãos. Os resultados serão apresentados de forma clara e objetiva, utilizando estatísticas descritivas e inferenciais quando apropriado. Resultados Esperados: Busca-se com esse estudo identificar a qualidade e acessibilidade dos serviços de saúde gerais para a população indígena frequentadora da ASSINDI, culminando com a obtenção de uma base de dados fidedigna como reflexo da realidade presente. Espera-se, assim, compreender as problemáticas vividas por esses indivíduos, possibilitando assim a elaboração de propostas para possíveis intervenções holísticas e efetivas. |
Palavras-chave: | Povos Indígenas Saúde de Populações Indígenas Sistema Locais de Saúde Sistema Único de Saúde |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | UNIVERSIDADE CESUMAR |
Sigla da Instituição: | UNICESUMAR |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11289 |
Data do documento: | 27-Jan-2025 |
Aparece nas coleções: | XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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905847.pdf | Trabalho apresentado na XII Mostra Interna de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (28 a 31 de outubro de 2024) | 128.21 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
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