Constipação intestinal, percepção de saúde e nível de atividade física na terceira idade

Abstract

O envelhecimento da população está cada vez mais presente na sociedade pós-moderna, com alterações nos órgãos e sistemas do organismo humano que incluem o trato gastrointestinal com comprometimentos físicos e funcionais. O objetivo do presente estudo foi verificar a associação entre a prevalência de constipação intestinal com a percepção de saúde e níveis de atividade física de idosos residentes em um município do noroeste do Paraná. Trata-se de um estudo transversal, observacional que contou com a participação de 377 idosos de 28 Unidades Básicas de Saúde. Para a coleta dos dados, foram utilizados um formulário com informações sobre o perfil sociodemográfico e de percepção de saúde, um teste de avaliação cognitiva o Miniexame do Estado Mental, os Critérios de Roma III para diagnóstico da constipação intestinal e um Questionário Internacional de Atividade Física. A média de idade dos idosos foi de 69,01 (± 6,03) anos e a prevalência de constipação intestinal foi de 23,34%, sendo que os idosos do sexo feminino apresentaram 157% de chances a mais de terem constipação intestinal. Foi verificado, ainda, que possuir renda mensal acima de quatro salários (OR=6,82), usar algum tipo de fármaco (OR=21,37), ter percepção de saúde regular (OR=5,36) ou ruim (OR=13,19) ou ser sedentário (OR=0,05) aumentam as chances de apresentar constipação intestinal. Conclui-se que nos idosos mais ativos as chances do desenvolvimento de constipação intestinal são menores, existindo a associação entre a percepção de saúde e a prevalência de constipação intestinal nessa população.