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http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7556
Tipo: | Artigo |
Título: | CRÍTICA A HISTÓRIA ESQUIZÓIDE DA PSICOLOGIA |
Autor(es): | MENDONÇA JÚNIOR, Maurício |
Resumo: | Os livros de história da Psicologia nos apresentam, às vezes, um apanhado de autores e teorias psicológicas de forma descritiva, ou seja, abdicando de julgá-las, a partir do século XIX, tomando como premissa o nascimento de uma Psicologia Contemporânea. Desta forma, os historiadores promovem uma fenda no desenrolar da história psicológica, que teve as suas origens não em 1879, com a criação do primeiro laboratório de Psicologia Experimental em Leipzig por Wundt, mas na antiguidade. Aquela premissa, portanto, é falsa, pois a Psicologia é uma ciência histórica com mais de mil anos. No entanto, é com base neste erro que foi elaborada a hierarquização das forças da Psicologia que, apesar de ter uma aparência irrelevante, epistemologicamente eleva a corrente comportamentalista ao plano de verdadeira e única efetivação do projeto de tornar a Psicologia uma Ciência. A Psicologia antiga, medieval e moderna são relegadas ao sentimento de respeito, já que o nascimento da Psicologia Contemporânea representa uma ruptura epistêmica com a Filosofia. Separação, aliás, erroneamente entendida. Todavia, a permanência do objeto de estudo e do método na história psicológica até hoje evidencia que, primeiro, o desenvolvimento histórico da Psicologia não pode ser entendido apenas a partir daquele projeto nem da cronologia e, segundo, a hierarquização existente é preconceituosa, uma vez que é ahistórica e mal fundamentada. Antiguidade, Idade Média e Modernidade tiveram a psique e a subjetividade em geral como objeto de estudo e a razão, a intuição e a interpretação como método psicológico. Desta forma, não existe tal fenda histórica, nem o nascimento de uma Psicologia Contemporânea, mas uma continuidade histórica que levou a Psicologia a transformar-se naquilo que a caracteriza hoje. O objetivo neste trabalho é re-pensar o desenvolvimento histórico da Psicologia, estabelecendo as relações de continuidade neste processo no centro daquela transformação. Não podemos entender o presente, nem pensar e criar no futuro desconhecendo o passado e/ou fundamentando as nossas idéias e ações em premissas falaciosas. O psicólogo deve conhecer bem a sua ciência para fazer as suas escolhas e agir. Para esta pesquisa, então, seguirá a análise da literatura de história da Psicologia e da Filosofia, bem como de obras propriamente psicológicas e filosóficas. Os resultados deste trabalho começaram pela percepção da fenda histórica que embasou a hierarquia das forças da Psicologia, outros, contudo, surgirão no decorrer da pesquisa. Não obstante, pode-se concluir que a História da Psicologia ainda é um campo que necessita de muitos estudos, sendo constantemente re-pensada, no intuito de construirmos e corrigirmos o conhecimento histórico e epistemológico. |
Palavras-chave: | Psicologia HIstória Epistemologia |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | UNIVERSIDADE CESUMAR |
Sigla da Instituição: | UNICESUMAR |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7556 |
Data do documento: | 19-Out-2005 |
Aparece nas coleções: | IV EPCC - Encontro Internacional de Produção Científica (19 a 22 de Outubro de 2005) |
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