Preconceito de gênero e qualidade de vida de mulheres na engenharia civil

Abstract

O aumento do número de mulheres na engenharia civil (EC) não fez com que as barreiras encontradas por estas, nesse meio ainda majoritariamente masculino, acabassem. Ainda é observado que, na maioria das vezes, as mulheres não se encontram em posições de chefia nessa profissão ou até mesmo não vão para o mercado de trabalho. Considerando a relação entre preconceito/discriminação e adoecimento, evidenciada por estudos na área de saúde, o objetivo deste estudo é analisar se o quadro de preconceito vivenciado pelas engenheiras pode comprometer a saúde e qualidade de vida das mesmas. A metodologia fundamenta-se na aplicação do questionário abreviado WHOQOL-bref o qual foi enviado pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CREA) às engenheiras associadas do Estado de São Paulo; a coleta de dados se deu via internet por meio do “Google Forms” (ferramenta para a confecção de formulários online). Os resultados apontam que há pouco interesse acerca do tema pelas engenheiras, além disso os questionários não confirmam a hipótese aventada pelo estudo, contudo não é possível afirmar com precisão se essas mulheres sofrem algum tipo de preconceito na profissão, levando ao comprometimento de sua saúde, visto que apenas com o questionário online não conseguimos fazer uma análise apurada da vida profissional dessas mulheres.