Prevalência e grau de severidade da Síndrome da Disfunção Temporomandibular em docentes do ensino superior

Abstract

A disfunção temporomandibular (DTM) é uma doença de origem física, caracterizada por dor crônica podendo estar relacionada à aspectos psíquicos, sendo os professores de ensino superior uma categoria de profissionais submetida a constante estresse devido suas rotinas desgastantes somadas à alta competitividade, de modo que o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e o grau de severidade da DTM. Foram coletados dados de uma amostra de 102 indivíduos, de ambos os gêneros, maiores de 26 anos, sendo professores na instituição, os quais foram divididos em 3 grupos, sendo eles: Grupo I- Docentes da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; Grupo II- Docentes da área de Ciências Biológicas e da Saúde; Grupo III- Docentes da área de Ciências Exatas e Agrárias. Foi realizada a aplicação do questionário anamnésico de Fonseca para estabelecer a presença e o grau de severidade de DTM. Com a análise de dados se observou que 64,7% dos entrevistados apresentaram DTM. Na anamnese notou-se maior prevalência de sinais e sintomas nos pertencentes ao grupo III; Quanto aos fatores predisponentes, 79 apresentaram ao menos um sintoma; sendo o apertar/ranger dentes e morder a bochecha os hábitos mais comuns, como já descrito na literatura. Através da análise dos questionários aplicados aos docentes, foi possível verificar alta prevalência de indivíduos com DTM, porém, a maioria classificada como DTM leve. O sexo feminino apresentou maior incidência que o masculino. Praticamente metade dos indivíduos com sintomas não tinham diagnóstico clínico de DTM.