ESTUDO SOBRE O EMPREGO DE PROTOCOLOS DE INDUÇÃO DE LACTAÇÃO NA COMPOSIÇÃO DO LEITE E NO PERFIL BIOQUÍMICO DAS VACAS

Abstract

A bovinocultura leiteira no Brasil apresenta avanços diários com melhorias de seus rebanhos, aliados à genética, nutrição, manejo, sanidade e uso de técnicas que permitem aumentar a produção, como é o caso dos protocolos de indução de lactação, baseados no emprego de hormônios. Contudo, em função do emprego de uma ampla variedade de fármacos, seu uso pode alterar a composição do leite e promover alterações sanguíneas nos animais. Por isso, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do emprego de protocolos de indução de lactação sobre a composição do leite e sobre perfil bioquímico de vacas submetidas ao protocolo. Foram coletadas amostras de leite e de sangue de cinco vacas submetidas ao protocolo indução de lactação. Nas amostras de leite foram analisadas a porcentagem de gordura, proteína, lactose e a contagem de células somáticas e no sangue, analisaram- se os níveis das enzimas transaminase oxalacética e transaminase pirúvica, proteínas totais, creatinina, ureia e albumina. Verificou -se que o emprego do protocolo de indução de lactação aumentou a porcentagem de gordura no leite e, com relação ao perfil bioquímico, foi observado aumento nos níveis séricos de TGO, indicando prejuízo no funcionamento hepático. Também se constatou um aumento nos níveis de proteínas totais, contudo, ressalta- se que as mesmas já se apresentavam elevadas no início do protocolo. A indução de lactação é uma ferramenta importante para que o produtor reduza a taxa de descarte involuntário, contudo, mais pesquisas devem ser conduzidas a fim de garantir a segurança e a eficácia do emprego desta técnica.