Implicações orofaciais do acometimento pela esclerodermia

Abstract

A esclerodermia é uma doença autoimune, dermatológica, reumática e multissistêmica que não resulta de processos infecciosos. Ela afeta o tecido conjuntivo com um aumento na deposição de colágeno, causando alterações na microcirculação que levam à fibrose e à obliteração de veias. Isso resulta em fibrose cutânea, sendo o fenômeno de Raynaud e o edema nas mãos e dedos sinais comuns dessa patologia. A doença também apresenta repercussões odontológicas na região orofacial. Este estudo tem como objetivo evidenciar as manifestações bucais da esclerose sistêmica. Foi realizada uma revisão literatura, com pesquisas nas bases de dados Google Acadêmico e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), focando nas manifestações bucais causadas pela esclerodermia. A esclerodermia é caracterizada por processos autoimunes crônicos, resultando em diversas manifestações bucais. Estas incluem doenças periodontais, microstomia, aumento do espaço do ligamento periodontal, perda de inserção gengival, retração gengival, acúmulo de biofilme dentário devido à dificuldade de higienização bucal, rigidez da língua, reabsorção óssea mandibular, xerostomia e hipossalivação, cárie dentária, função mastigatória limitada, dor orofacial e distúrbios na articulação temporomandibular, entre outras complicações. A esclerodermia pode exigir tratamentos odontológicos mais complexos, dependendo da progressão da doença. Diagnósticos e intervenções odontológicas precoces são essenciais para minimizar as complicações clínicas associadas à esclerodermia.