EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

Tipo:	Artigo de Evento
Título:	SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL NO CONTEXTO DE ESTRESSE CRÔNICO VIVENCIADO PELOS ESTUDANTES DE MEDICINA
Autor(es):	De Oliveira, Enrique Ayres Colombo, Isadora Carolina Rissi Besson, Jean Carlos Fernando
Resumo:	A Síndrome do Intestino Irritável (SII) configura uma disfunção gastrointestinal autonômica somatoforme de caráter crônico, caracterizada principalmente por alterações na motilidade intestinal e reações de hipersensibilidade visceral e determinada pela desconfiguração da adequada sinalização do eixo cérebro-intestino, de acordo com a influência neuropsicossocial do distúrbio. Nesse sentido, a dimensão psicológica, isto é, o aspecto emocional e mental do homem, por vezes submetido a distúrbios como ansiedade e depressão, é crucial para nivelar o comprometimento funcional e a qualidade de vida dos indivíduos com SII, resultando nos aspectos de sua sintomatologia central e somática extraintestinal. Ademais, a interrelação existente entre o microbioma intestinal e o cérebro, através dos aferentes vagais, é determinante para que a disbiose presente nos pacientes com SII exerça alterações na função de barreira e na permeabilidade intestinal, culminando na inflamação de baixa intensidade que altera o funcionamento ideal do Sistema Nervoso Entérico (SNE). Dessa forma, estudantes de medicina, os quais estão submetidos a uma rotina notoriamente exaustiva e envolvidos diariamente com grandes responsabilidades futuras, são favoráveis a uma maior liberação de corticotropina e noradrenalina, hormônios envolvidos na resposta endócrina ao estresse e que consequentemente influenciam as respostas autonômicas, imunológicas, viscerais e comportamentais provocadas pela SII. Portanto, como o distúrbio tratado é de natureza inespecífica ou mutável, e apresenta sinais dependentes tanto do meio externo quanto do meio interno aos indivíduos, mais informações sobre como a fisiologia intestinal se comporta nessas condições são necessárias para oferecer um melhor tratamento aos pacientes da SII, principalmente àqueles que convivem com a condição de estresse crônico. Objetivo: Verificar a presença de sintomas compatíveis com a SII em acadêmicos de medicina, em consonância com seu sexo, idade, período cursado, diagnóstico de demais doenças gastrointestinais e estresse em relação ao curso escolhido, para correlacionar a microbiota intestinal ao desenvolvimento de distúrbios do SNE e atualizar perspectivas de tratamento de acordo com o cenário de estresse crônico. Metodologia: Trata-se de um estudo quali-quantitativo, transversal e descritivo que aborda como grupo alvo estudantes de medicina das escolas médicas do Paraná, com objetivo de analisar a prevalência da SII entre os estudantes de ensino superior do curso de medicina. O projeto foi devidamente submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), na Plataforma Brasil para, então, iniciar a coleta de dados. O método de coleta, conduzido via "Formulários Google", contém 19 questões baseadas nos critérios de Roma IV de classificação de distúrbios gastrointestinais, vinculado a SII. O formulário foi enviado via Whatsapp a grupos de pesquisa acadêmica. A estratificação dos estudantes foi realizada conforme critérios de idade, semestre do curso em que se encontra e sexo biológico. As perguntas inserem-se no eixo principal da SII, a sintomatologia como principal método diagnóstico que inclui alterações nas fezes (escala de Bristol), mudança na frequência evacuatória, inchaço, diarréia, constipação e dor abdominal. A escala do tipo Likert foi incorporada para avaliar a percepção de estresse desses estudantes; foram questionados, além dos critérios de Roma, a respeito da administração de fármacos ansiolíticos ou antidepressivos. Resultados Esperados: Por consolidação deste estudo, acredita-se que haja uma prevalência significativa distúrbios gastrointestinais em estudantes de medicina das escolas médicas do Paraná, em consonância com dados coletados pela Fundação Roma internacionalmente, os quais inserem o contexto de estresse crônico em pesquisas clínicas como fator basilar. O quadro de exaustão orgânica e psíquica do grupo de estudo em questão suscita a inelutável associação entre distúrbios funcionais gastrointestinais, como a SII, e pacientes inseridos em um cotidiano estressogênico. O estudo espera comprovar, com segurança, a relevância clínica do interrogatório sintomatológico de pacientes que preenchem critérios baseados em sintomas e não apresentam características preocupantes, haja vista que o rendimento de testes diagnósticos extensivos é baixo e, em sua maioria, profissionais da saúde distinguem a SII como um diagnóstico de exclusão. O aumento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) foi observado em pacientes com SII, por meio da liberação basal expressiva de cortisol graças a maior atividade do núcleo paraventricular. Como mencionado, o ambiente estressogênico do estudante de medicina viabiliza a maior liberação de cortisol, consequentemente, justifica a maior probabilidade de alterações gastrointestinais reincidentes por mudanças da microbiota intestinal, funções de barreira e sobretudo o eixo intestino-cérebro por mudanças autonômicas que são características da SII.
Palavras-chave:	Síndrome do Intestino Irritável Eixo intestino-microbiota-cérebro Fator liberador de corticotrofina (CRF) Sistema nervoso autônomo (SNA)
Idioma:	por
País:	Brasil
Editor:	UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição:	UNICESUMAR
Tipo de Acesso:	Acesso Aberto
URI:	http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11785
Data do documento:	24-Mar-2025
Aparece nas coleções:	XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação

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