EVENTOS Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica XII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica e V Mostra Interna de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
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Tipo: Artigo de Evento
Título: POSSÍVEL ASSOCIAÇÃO ENTRE AS PERDAS AUDITIVAS NEUROSSENSORIAIS E ALTERAÇÕES DE MEMÓRIA EM MULHERES DE 45 A 64 ANOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
Autor(es): Maffei, Roberta Camargo
Rocha, Evelin Cristina Ramires
Uvo, Mariana Ferraz Conti
Branco, Bráulio Henrique Magnani
Marchiori, Luciana Lozza de Moraes
Resumo: As perdas auditivas são consideradas problema de saúde pública, haja vista sua prevalência que acomete cerca de 84,2% dos idosos, com a perda da sensibilidade periférica correlacionando-se com as dificuldades de reconhecimento de fala, principalmente em ambientes ruidosos e perda de estímulos que podem impactar em processos linguísticos, sendo que as perdas auditivas neurossensoriais são as mais prevalentes nessa população (BUSS et al., 2013). O interesse na relação entre o envelhecimento e o processamento auditivo que envolve habilidades de memória tem sido crescente na população idosa, sendo que tal crescimento se deve à existência de idosos que possuem integridade auditiva periférica e/ou idosos protetizados com ganho funcional do aparelho auditivo adequado para a perda auditiva, mas que apresentam manifestações audiológicas incompatíveis com tais características (BUSS et al., 2013). No processo de envelhecimento, o qual pode ser considerado como um fenômeno complexo, interligado a inúmeros fatores biopsicossociais inter-relacionados (LOYOLA et al., 2018; AGUIAR et al., 2019), há associação com mudanças fisiológicas que resultam na redução da capacidade funcional, do volume e peso de tecidos cerebrais, diminuição do fluxo sanguíneo cerebral, alterações da composição corporal e aumento da inflamação sistêmica que podem levar a alterações cognitivo linguísticas (ITAKUSSU et al., 2015; MARCHIORI et al., 2019; EVANS et al, 2024; MCLEOD, 2024). Neste contexto, as variáveis grau de perda auditiva e a idade possuem relação no desempenho das habilidades auditivas de atenção seletiva e memória auditiva. (BUSS et al., 2013). Tais alterações podem levar à redução percepção auditiva, alterações cognitivo-linguísticas e maior incidência de quedas, um fenômeno de relevância, cujas consequências costumam ser graves, gerar dependência principalmente em mulheres e, em casos extremos, pode levar à morte (ITAKUSSU et al., 2015; OLIVEIRA et al., 2021; DENG, 2024; EVANS et al., 2024; GUZEL; GAN et al., 2024). Isso interfere na forma com a qual o sistema auditivo recebe, analisa e organiza aquilo que ouvimos é chamado de processamento auditivo A avaliação do processamento auditivo verifica como o indivíduo recebe as informações acústicas, utilizando habilidades auditivas que são essenciais para compreender o que se ouve (BUSS et al., 2013). Assim sendo, é de fundamental importância que se constituam ações de avaliação que possam verificar o mais precocemente tais alterações, visando a minimização de alterações auditivas e de memória relacionadas as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) decorrentes do estilo de vida associado a idade (GAN et al., 2024GUZEL et al., 2024;). Diante disso, o presente projeto de pesquisa e extensão universitária, pretende investigar possível associação entre as perdas auditiva neurossensoriais e os processos de memória de mulheres com DCNT. Objetivo: Investigar possível associação entre as perdas auditivas neurossensoriais e os processos de memória de mulheres com DCNT e verificar a correlação dos graus de perda auditiva neurossensorial e as alterações de memória em mulheres com DCNT. Metodologia: O presente projeto, de delineamento Transversal, se constitui em sequência e braço de uma pesquisa maior realizada no LIIPS, aprovada previamente pelo Comitê de Ética da instituição de origem, no qual previamente ao início do estudo, todos os pacientes serão informados sobre os objetivos e procedimentos a serem realizados para posteriormente assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Conforme os critérios de exclusão definidos, não serão aceitos portadores de doenças neurológicas debilitantes; pessoas do sexo masculino, com dificuldade de locomoção (uso de bengala ou cadeira de rodas). Todas as participantes passarão por avaliação clínica (aferição de pressão arterial, glicemia, saturação de oxigênio, avaliação física com antropometria, composição corporal com bioimpedância elétrica e teste de esforço cardiorrespiratório) e aplicação de um questionário padronizado com 80 questões abertas e fechadas, incluindo dados sobre histórico médico. Para a avaliação das habilidades cognitivo-linguísticas serão utilizados os testes organizados no Consortium to Establish a Registry for Alzheimer’s Disease (CERAD), que contempla a: Fluência Verbal; Teste de Nomeação de Boston; Mini-exame do Estado Mental; Memória da Lista de Palavras; Praxia construtiva; Evocação da lista de palavras; Reconhecimento da lista de palavras; Evocação das apraxias; Teste das trilhas (RIBEIRO et al., 2010; PINTO et al, 2019). Para avaliação auditiva, o primeiro procedimento será à inspeção do meato acústico externo (MAE) para verificar se não havia impedimentos para a realização da avaliação audiológica. Posteriomente, os participantes responderão novamente as perguntas da anamnese audiológica e serão avaliados pela audiometria tonal liminar (frequências de 250 a 8000 Hz para via aérea e de 500 a 4000 Hz para via óssea, esta última realizada apenas nos casos em que os limiares auditivos das frequências avaliadas por via aérea forem iguais ou maiores que 15 dB NA) e da logoaudiometria (LRF -Limiar de Recepção de Fala; e IPRF - Índice Percentual de Reconhecimento de Fala) com uso do audiômetro modelo AD 629-B, fone TDH-39, vibrador ósseo B-71 e em cabina acústica. O grau de perda auditiva que será determinado com base na média I (média tritonal) dos limiares obtidos nas frequências de 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz e média II dos limiares obtidos nas frequências de 3000 Hz, 4000 Hz e 6000 Hz. A divisão de acordo com os limiares auditivos será realizada da seguinte forma: pacientes com limiares auditivos normais (média até 25 dB NA), pacientes com perda auditiva em altas frequências (3 e/ou 4 KHz), com perda auditiva de grau leve (média entre 26 e 40 dB NA), com perda de grau moderado (41 à 60), com perda de grau severo (61 à 80 dB NA e com perda auditiva de grau profundo (média acima de 81 dB NA). Resultados Esperados: Além de elucidação dessa lacuna na ciência a respeito da provável associação entre as doenças crônicas e alterações cognitivo- linguísticas, com a condução do presente estudo, as mulheres de meia idade da região metropolitana de Maringá poderão realizar avaliação multidisciplinar gratuitamente. A partir dos resultados obtidos, serão confeccionados materiais instrucionais de autocuidado, automonitoramento, recuperação das condições de saúde, para serem distribuídos nas unidades básicas de saúde, hospitais municipais, estaduais e particulares do estado do Paraná. Complementarmente, será elaborado artigo científico para ser submetido em revistas de impacto internacional.
Palavras-chave: Perda auditiva neurossensorial
Memória Doenças Crônicas não Transmissíveis
Idioma: por
País: Brasil
Editor: UNIVERSIDADE CESUMAR
Sigla da Instituição: UNICESUMAR
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/11699
Data do documento: 25-Fev-2025
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