PREVALÊNCIA DE SUBTIPOS ONCOGÊNICOS DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO EM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL

Abstract

A infecção genital por Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível, a inoculação do papilomavírus humano sobrevém durante relação sexual com pessoas contaminadas. Segundo Bosch,Lorincz,Munoz, Meijer, Shah (2002) diversos fatores já foram apontados na literatura como predisponentes ao desenvolvimento de lesões do colo uterino tornando a mulher mais susceptível. Fatores como vírus, hospedeiro e ambiente parecem estar envolvidos na oncogênese cervical sendo alguns deles: aspectos sociodemográficos, infecção por outros agentes de transmissão sexual, hábitos sexuais, início precoce de vida sexual com multi parceiros, gestação, tabagismo, anticoncepcionais de uso frequente, imunidade, genética e infecção por HPV – subtipo e carga viral, infecção única ou múltipla.Na literatura, o HPV é apontado como condição necessária ao desenvolvimento de lesão intraepitelial de alto grau e câncer invasivo do colo do útero, pois o DNA viral do HPV está presente em mais de 90% das lesões pré- neoplásicas e neoplásicas cervicais O Objetivo desta pesquisa foi detectar a prevalência de subtipos oncogênicos do HPV com seus diferentes genótipos em mulheres atendidas em um laboratório da rede particular em um município do sul do Brasil.Trata- se de um estudo analítico do tipo transversal. A coleta dos resultados se deu por acesso ao banco de dados onde foram analisados resultados de detecção molecular do HPV pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) de 1404 mulheres com idades entre 14 a 70 anos no período compreendido entre janeiro a dezembro de 2016. Nesse estudo foram encontrados os cinco genótipos mais comuns detectados no mundo (HPV-16,18,45,33,31) obtendo uma maior prevalência do HPV- 16, seguido do HPV- 66 e HPV- 58 que são genótipos oncogênicos que provocam lesão intraepitelial de alto grau (HSIL), carcinoma da cérvice e de pênis. Por fim, visto que a infecção por HPV predomina- se na faixa etária de pico da atividade sexual, acredita- se que os resultados obtidos neste estudo possam subsidiar a reorganização de estratégias voltadas à saúde da mulher no tocante à prevenção, periodicidade e ao manejo específico da infecção por HPV.